Ação da Polícia Militar, que visa reprimir violação de tornozeleiras eletrônicas, segue nos próximos dias. Denúncias anônimas ajudaram nas recapturas.
quinta-feira, 12/05/2022, 15:30 - Atualizado em 12/05/2022, 16:45 - Autor: Sales Coimbra com informações de Wellington Jr.
De acordo com dados da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), a quebra de monitoração eletrônica entre os apenados diminuiu 90% entre os anos de 2020 e 2021, no Pará. Nesse sentido, as constantes operações de busca e recaptura de presos, realizadas em parceria com outras forças de segurança do estado, revelaram-se um fator decisivo para que esse resultado fosse alcançado.
A Operação Força Extrema, deflagrada na última quarta-feira (11) pelo 6º Batalhão de Polícia Militar, em Ananindeua, é um grande exemplo dessa política de tolerância zero à violação das tornozeleiras eletrônicas.
Em menos de 24 horas, dez foragidos foram recapturados por policiais militares. A maioria tinha mandados de prisão justamente por quebra do monitoramento eletrônico, enquanto outros respondem por tráfico de drogas.
"Nossa operação surtiu efeito porque tem equipes empenhadas. Durante a noite prendemos seis homens e hoje pela manhã (desta quinta-feira, 12) mais quatro. Esse total vai aumentar porque ainda tem mandados para serem cumpridos e a gente continua nas ruas", declarou o Coronel Mariúba, comandante do 6⁰ BPM.
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Segundo as autoridades, a colaboração da população, principalmente por meio das denúncias anônimas feitas ao Disque Denúncia (telefone 181) e também pelas interações com as equipes na área, foi um elemento fundamental para o sucesso da operação que está sendo realizada esta semana.
"Quando a população de bem colabora, o resultado é positivo. Estamos empenhados para isso como sempre. Os nossos canais estão aí para denúncias e vamos atrás de traficantes, foragidos, assaltantes e quem mais não colabora para o bem da sociedade", ressaltou o Sargento Júnior, que comanda o disque-denúncia no município de Ananindeua.
Regressão de regime
O monitoramento eletrônico é uma forma de fiscalização ou vigilância de presos, que geralmente ocorre por meio de tornozeleiras ou pulseiras eletrônicas, que permitem que as autoridades fiscalizem o cumprimento da pena à distância.
Esse recurso tecnológico geralmente é utilizado para o caso de saída temporária de presos que cumprem pena no regime semiaberto, e também para os que estão em regime domiciliar.
Caso o preso viole o equipamento, estará sujeito à regressão de regime, revogação das autorizações de saídas temporárias ou da prisão domiciliar e advertência.