Uma série de atentados recentes contra agentes de segurança pública paraenses estão sendo esclarecidos pela Operação Impacto. Alguns dos mandantes e executores dos assassinatos e tentativas de homicídio contra policiais penais, civis e militares, já foram identificados, capturados ou mortos durante diligências em todo o estado.
No entanto, um caso ocorrido na noite da última terça-feira (31) chama a atenção pelo fato de um dos envolvidos ser justamente um soldado da Polícia Militar. O homem foi preso sob a acusação de tentar matar o major PM Henrique Sales, comandante do 16º Batalhão de Polícia Militar, em Anapu, na região sudoeste do Pará. Um segundo suspeito envolvido no atentado também foi detido.
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O fato ocorreu por volta das 22 horas, quando o major estava dormindo no apartamento que mora. Ele foi acordado pelo som dos disparos de arma de fogo. Os tiros estilhaçaram a porta de vidro temperado da residência. Os estilhaços da estrutura de vidro ficaram espalhados pelo local.
Recuperado do susto, o major buscou apoio de uma guarnição da Polícia Militar e foi até uma delegacia para registrar um boletim de ocorrência. Em seguida, com o apoio de policiais militares, equipes da Polícia Civil saíram em diligências pelas ruas da cidade.
Um dos veículos abordados tinha dois homens como ocupantes. Um deles era soldado da Polícia Militar e estava armado. A dupla, então, foi conduzida até a delegacia.
Quando questionados sobre as razões de estarem circulando pela vizinhança do apartamento do major Sales, os dois entraram em contradição. Por esse motivo, o soldado PM foi detido e sua arma, uma pistola calíbre .40, apreendida.
De acordo com o Comando da Polícia Militar em Altamira, todas as medidas judiciais e administrativas estão sendo tomadas para apurar o fato.
Joaquim Freitas Neto, advogado do soldado preso, alega que a prisão de seu cliente não se justifica, uma vez que ele não possui antecedentes criminais.
"Nosso cliente é tecnicamente primário, possui bons antecedentes, e uma ficha disciplinar que demonstra que ele tem bom comportamento funcional e operacional, o que demonstra mais uma vez a desnecessidade da medida mais gravosa que é a prisão preventiva", argumentou o advogado.
Segundo o advogado de defesa, as medidas jurídicas para o relaxamento da prisão já foram tomadas. "Juntamos uma petição no processo judicial eletrônico, solicitando imediatamente a realização de uma audiência de custódia para avaliar a necessidade do pedido de prisão preventiva e a conversão da prisão preventiva, caso seja decretada, em medidas cautelares diversas da prisão", declarou.
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