O Dia Internacional da Prostituta foi marcado todo dia 2 de junho.  A data foi criada porque no dia 02 de junho de 1975 150 prostitutas ocuparam uma igreja em Lyon, na França. Mulheres que queriam chamar a atenção para a violência da polícia e o preconceito contra ela e seus familiares. O movimento se espalhou pela Europa e a partir daí novas leis foram criadas.

Segundo a presidente da Aprosmig, Cida Vieira, neste ano, a conscientização trazida pela data é ainda mais importante. “70% de todo o mercado informal foi muito prejudicado pela pandemia, incluindo muitas trabalhadoras do sexo. Algumas são mães de família e tiveram a renda reduzida”, relata.

Outro problema trazido pela pandemia, segundo Cida, foi a perda de clientes, já que muitos faleceram pela Covid-19. “Muitos outros ainda não voltaram, porque estão com medo. A pandemia não acabou”, acrescenta.

 Aqui no Brasil a prostituição é reconhecida como uma das 600 ocupações profissionais desde 2002. Contudo, ser proprietário ou gerente de local onde se pratica o sexo comercial é crime. O governo desenvolve políticas públicas de apoio, em especial, na área de saúde. E, desde 1987, a rede brasileira de prostitutas reúne 30 organizações de classe. No teatro, na literatura, música e cinema, elas têm papel de destaque. Jorge Amado escreveu sobre seus dramas e alegrias e Chico Buarque, sem dúvida, cantou todos os estilos. 

Foto: MINERVINO JUNIOR/CB/D.A PRESS

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