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ALIMENTAÇÃO

Belém tem a maior alta da cesta básica entre as capitais

Segundo pesquisa do Dieese, os belenenses pagaram 2,99% mais caro pelos produtos somente no mês de maio, enquanto que no acumulado do ano esse valor é de 12,88%, elevando o custo mensal para R$ 628

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Imagem ilustrativa da notícia Belém tem a maior alta da cesta básica entre as capitais camera Ida aos supermercados está doendo cada vez mais no bolso dos paraenses, segundo o Dieese | Wagner Almeida / Diário do Pará

Pelo quinto mês consecutivo este ano, o custo da alimentação básica dos belenenses voltou a ficar mais caro. Em maio, a cesta básica calculada pelo Dieese custou R$ 628,58 no Estado, comprometendo, na sua aquisição, mais da metade do atual salário Mínimo de R$ 1.212,00. Nos 5 primeiros meses deste ano (janeiro a maio), o custo da cesta básica acumula alta de 12,88%, percentual é bem maior que a inflação estimada em torno de 4,50% (INPC/IBGE).

Em termos de variação, no mês passado, entre as 17 capitais que apresentaram elevações de preços, a maior alta foi verificada em Belém com reajuste de 2,99%, seguida de Recife (2,26%) e de Salvador (0,53%). Na outra ponta, a maior queda foi registrada em Brasília (-6,10%) seguida de Rio de Janeiro (-5,84%) e Belo Horizonte (-5,81%)

No último mês, de acordo com o Dieese, das 17 capitais pesquisadas, São Paulo foi quem apresentou o maior valor da alimentação básica, com o custo de R$ 777,93; seguido de Florianópolis (R$ 772,07) e de Porto Alegre (R$ 768,76). Na outra ponta, os menores valores médios da cesta foram observados em Aracaju (R$ 548,38), seguido de João Pessoa (R$ 567,67) e Salvador (R$ 578,88). Belém ficou entre as 11 capitais mais caras do país no que diz respeito ao custo da alimentação básica.

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“Nos últimos 12 meses o custo da alimentação básica no Pará também ficou mais caro, com a cesta básica acumulando um reajuste na ordem de 21,86%, contra uma inflação estimada em torno de 12,50% para o mesmo período”, aponta Roberto Sena, supervisor técnico do Dieese-PA.

No mês passado o custo da cesta básica para uma família padrão paraense, composta de 2 adultos e 2 crianças, ficou em R$ 1.885,84 sendo necessários cerca de 1,55 salários mínimos para garantir as mínimas necessidades do trabalhador e sua família, somente com alimentação.

FEIJÃO

O levantamento mostra também a flutuação dos preços dos produtos que fazem parte da cesta comercializada na capital, só no mês de maio, com destaque para o feijão (8,72%) seguido do óleo de cozinha de soja (7,71%); tomate (5,42%); leite (4,89%); café (4,49%); pão (3,66%); arroz (1,96%); manteiga (1,67%); carne bovina (1,19%); farinha de mandioca (0,28%); açúcar (0,17%) e banana (0,13%).

Nos 5 primeiros meses deste ano a grande maioria dos produtos que fazem parte da cesta apresentou aumento de preço, com o feijão novamente liderando os reajustes com o acumulado de 29,27%, seguido do óleo de cozinha de soja (28,49%); tomate (28,26%); café (14,63%); leite (11,87%); banana (9,70%); açúcar (9,53%); carne bovina 8,45%); pão (7,88%); arroz (4,22%) e manteiga (4,19%).

Segundo Roberto Sena, o salário mínimo deveria ser suficiente para alimentar o trabalhador e sua família, suprindo suas necessidades com alimentação, educação, moradia, saúde, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência. “Nessa perspectiva o mínimo necessário para atender os preceitos constitucionais para uma família deveria ser de R$ 6.535,40, valor cerca de 5,39 vezes maior que o atual mínimo de R$ 1.212,00”, diz.

Custos

horas trabalhadas

 A pesquisa mostra ainda que para comprar os 12 itens básicos da cesta, o trabalhador paraense comprometeu 56,07% do mínimo e teve que trabalhar 114 horas e 06 minutos das 220 horas previstas em Lei. De acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, efetuada pelo Dieese, em maio, das 17 capitais pesquisadas, 14 apresentaram recuos de preços e nas 3 restantes, aumentos.

Nos últimos 12 meses o custo da alimentação básica no Pará também ficou mais caro, com a cesta básica acumulando um reajuste na ordem de 21,86%, contra uma inflação estimada em torno de 12,50% para o mesmo período” Roberto Sena, Dieese

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