Abrigos de animais da capital paraense, que acolhem centenas de cães e gatos abandonados estão com dificuldades para manter atividades. É que a alta da inflação que assola a vida de todos os brasileiros conseguiu tornar ainda mais difícil um trabalho totalmente voluntário e que depende exclusivamente de doações. Os bichinhos continuam chegando, as necessidades são diárias, mas as doações diminuíram consideravelmente do início do ano pra cá. E o aumento do preço da ração, dos remédios e do material de limpeza tornou desesperadora a situação dos cuidadores independentes.
Raquel Viana é responsável por um dos abrigos mais conhecidos, o Au Family, localizado no distrito de Outeiro, na capital paraense. Hoje o espaço conta com 420 cães e quase 700 gatos, e várias vezes por dia a cuidadora faz postagens implorando doações ao seguidores e mostrando a falta de tudo.
“O que antes era difícil, de janeiro para cá triplicou. É um inferno, porque cada vez que aumenta o diesel, aumenta o preço da ração. E não é só a comida que a gente compra. O sabão em pó, por exemplo, que usamos para lavar os lençóis e as toalhas, eu comprava por R$ 38. O mesmíssimo agora está custando R$ 92. Uma coisa vai puxando a outra. A inflação dói no bolso do seguidor que ajuda, ele deixa de ajudar e a gente passa a ter mais dificuldade para dar conta de todos os animais. Então a gente lida com o aumento do preço, com o aumento de animais abandonados na porta do abrigo, é uma bola de neve”, relata Raquel, sem esconder a angústia com a situação.
COMO AJUDAR
Abrigos:
l O Abrigo dos Bigodinhos está no Instagram (www.instagram. com/abrigodos_bigodinhos) e aceita doações de ração, remédios e material de limpeza, e também valores pelo PIX 01405444290.
l O Au Family está no Instagram (www.instagram. com/aufamilyabrigo/) e aceita doações de ração, remédios e material de limpeza, e também valores pelo PIX 33093218000197
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