O barulho intenso da serra passando pelo grosso tronco da árvore foi o estopim para provocar uma revolta coletiva em quem assistia. Horas depois de muita insistência, o resultado: belas árvores mutiladas e caídas no chão. A cena em questão foi testemunhada e registrada, na manhã desta quarta-feira (27), no condomínio Parque Residencial Valparaíso, em Ananindeua, Região Metropolitana de Belém.
De acordo com as denúncias, tudo começou após uma vistoria técnica solicitada e, posteriormente, atendida pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, realizada em 30 de junho desse ano. No laudo emitido cinco dias depois, o parecer autorizava a retirada de, pelo menos, 15 árvores que, por muitos anos, davam forma ao espaço e destacavam sua área verde no conjunto.
Na justificativa técnica, como consta na documentação recebida por essa Redação, a retirada das árvores seria necessária, pois estariam provocando danos às estruturas de imóveis e calçamento; e, a depender da espécie do vegetal, poderiam futuramente provocar riscos de queda, além de outros transtornos.
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Por fim, como medida para atenuar o desequilíbrio ecológico e as demais contribuições oferecidas pelas espécies que há muito tempo viviam naquele lugar, foi orientado, seguindo o Código de Postura do Município, que duas mudas de essência florestal nativas da região sejam plantadas para cada árvore retirada.
Os moradores do conjunto, além de não concordarem com a decisão do síndico, argumentam ainda que não foram consultados para discutir alternativas. Ao DOL, um morador, que teve a identidade preservada, desabafa sobre a decisão e afirma, assim como seus colegas, que “nenhuma dessas [árvores] citadas [no laudo técnico] estão atrapalhando”.
Posicionamento
Por meio de nota, solicitamos uma resposta para a Prefeitura de Ananindeua, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, sobre o caso e sobre a garantia de que o replantio será obedecido. Aguardamos retorno.
Já os moradores pretendem tomar outras medidas diante da situação.
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