A morte violenta do ambientalista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Philips, em 5 de junho deste ano, no Vale do Javari, no Amazonas, chocou familiares, amigos e desconhecidos das vítimas. O caso brutal ganhou grande repercussão nacional e internacional.
Até o momento, três suspeitos foram presos por participação no crime. De acordo com a Polícia Federal, o laudo realizado nos restos mortais das vítimas mostraram que elas foram mortas a tiros, com munição de caça. Em seguida, os corpos foram esquartejados e queimados e jogados em uma vala.
Em Belém, Bruno Pereira e Dom Philips serão homenageados em Belém. Nesta sexta-feira (29), um mural com as imagens dos ambientalistas preencherá as paredes de um prédio, que fica localizado na avenida Marquês de Herval com a travessa Vileta, no bairro do Marco. A obra é de autoria do artista visual paraense And Santtos.
No muro de 152 metros quadrados, o retrato de Bruno e Dom é pintado ao lado de imagens de indígenas e de araras amazônicas, que são retratadas em diversas cores. Já a imagem dos ativistas ficarão em preto e branco, como uma forma de simbolizar que eles permanecem ao lado dos indígenas de forma espiritual.
Por trás das imagens, aparece uma fita, elemento usado em manifestações religiosas típicas da Amazônia, como a festa do Divino e o bumba-meu-boi.
"Agora que os espíritos do Bruno e do Dom estão passeando na floresta e espalhados na gente, nossa força é muito maior", comentou a antropóloga Beatriz Matos, viúva de Bruno Pereira.
Sobre este trabalho, And Santtos declarou: “A luta pela preservação da natureza é uma luta pela vida do planeta. A alma da Amazônia está em todos nós”.
A obra de And Santtos faz parte do projeto Megafone e integra o crescente movimento de “artivismo”, nome dado às manifestações de arte que possuem uma essência marcada pelo ativismo social e político.
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