Em quatro anos, o eleitorado jovem do Pará cresceu 12,5%, de acordo com dados da Estatística do Eleitorado do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Se em 2018 eram 200.267 mil pessoas com idade entre 16 e 18 anos aptos a ir às urnas, neste pleito do próximo mês de outubro, 225 mil representantes da juventude diante das urnas.
Tanto há quatro anos quanto agora, o quantitativo de mulheres já era maior que o de homens nessa faixa etária: eram 102.845 mil eleitoras e hoje são 117.600 mil. Homens eram 97.412 mil e o quantitativo atual aumentou para 107.796 mil.
Esse crescimento pode ser entendido como o resultado de uma diversificação que veio de diversos lugares e iniciativas. Além de campanhas nacionais voltadas ao estímulo do exercício do voto mesmo antes dos 18 anos, encabeçadas pelo próprio TSE e também por artistas nacionais e internacionais que tem um público principalmente mais jovem, várias outras frentes se mobilizaram em forças-tarefas para conscientizar esse público sobre a importância do ato.
Aos 17 anos, a estudante Natalie Reis Pinheiro se prepara para declarar seu voto pela primeira vez, mesmo ainda não sendo obrigada pela legislação eleitoral. “Eu nunca fui muito chegada a política, mas esse ano não teve como ficar de fora, principalmente nas redes sociais”, afirma a jovem eleitora.
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Natalie afirma que ela e os amigos ficaram de olho para não perder os prazos da Justiça Eleitoral e garantir a emissão do documento a tempo de votar em outubro. “Eu e uma outra amiga, na época em que ainda podia tirar o título, sempre ficávamos em cima, sabe? Sempre perguntando se já tinham tirado e se não, nós sempre lembramos até quando podia. Espero que, assim como eu, vários outros jovens estejam lá, fazendo sua parte, mesmo se ainda não forem obrigados. Temos uma oportunidade imensa em mãos e não dá mais para desperdiçar ou deixar pra depois. Temos que aprender a ter uma opinião, já. Somos o futuro”, justifica Natalie.
QUALIDADE DE VIDA
A universitária Bárbara Silva ainda não tem, mas terá recém-completados 18 anos em 2 de outubro, e também votará pela primeira vez. Ela conta que, para além da obrigação, quer poder participar de uma decisão tão importante para a escolha do líder do país, e de outros ocupantes do Executivo e Legislativo Federal e Estadual.
“Acredito que juntos podemos contribuir para melhorar a qualidade de vida, em propostas que preveem maior investimento em Educação, infraestrutura no saneamento público e ampliação de vagas de trabalho para jovens e adultos acima de 40 anos, que hoje possuem grande dificuldades de inserção no mercado de trabalho. Minha avaliação é que é muito necessário diminuir os índices de pobreza no país e melhorar a qualidade de vida das pessoas”, opina.
Bárbara tirou o Título de Eleitor em fevereiro deste ano, e diz perceber que realmente há um aumento do interesse do público jovem na política. “Acho que pelas diversas dificuldades atuais, os jovens estão buscando ser mais presentes na decisão para que haja uma melhora no cenário atual”, sugere.
Na eleição de 2020, e com uma outra mentalidade sobre o assunto, a estudante preferiu não ir às urnas, mesmo já tendo idade mínima para isso. Mas conta que este ano, mesmo que ainda não fosse obrigada, não desperdiçaria a chance. “Não votei, mas já tinha idade, sim! Esse ano não, a mentalidade hoje é diferente, antes não era tão ligada em relação a isso”, explica.
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