Uma exuberância que dura poucos dias, mas que é suficiente para roubar a atenção do belenense em meio à vida agitada da capital. Sim, é tempo dos Ipês; os mesmos que estão florindo e colorindo as ruas e avenidas de Belém, oferecendo o contraste necessário nesse cenário urbano.
“Na Amazônia, a florada ocorre geralmente no período de julho a setembro, quando há menos chuvas. Os ipês não necessariamente florescem ao mesmo tempo. Se as chuvas se estenderem, atrasa a floração. Se forem mais curtas, a florada começa mais cedo”, explica o professor Felipe Fajardo, doutor em botânica e docente na Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), campus Capitão Poço.
Círio 2022: imagem peregrina retorna a lares paraenses
Os Ipês podem ser encontrados, especialmente, ao longo do canteiro central da avenida Almirante Barroso. Além de colorirem a cidade, atraem os chamados “visitantes florais”, a exemplo do beija-flor e das abelhas. “Eles são essenciais na manutenção dos ecossistemas”, pontua.
Ciclo da vida
A florada do Ipê, contudo, não dura muito tempo e isso faz parte do ciclo natural da planta. O pesquisador explica que, normalmente, após o período, a planta perde as folhas e frutifica. Um procedimento que pode acontecer ao mesmo tempo em uma mesma árvore.
“Essas sementes, conhecidas como sementes aladas, são carregadas pelo vento, o que só é possível no verão. O ipê floresce rápido para que ocorra a dispersão dessas sementes (ainda no período menos chuvoso) e consequentemente a propagação da espécie”, explica.
Assim que passa esse período, a planta encerra seu ciclo e aguarda as chuvas para que possa investir no seu crescimento e manutenção.
Belém
Segundo levantamento florístico feito pela equipe do professor Cândido Ferreira e da professora Joze Melissa, só no bairro do Marco existem em torno de 300 exemplares da espécie.
Também é possível encontrá-los em praças e parques, como o Parque do Utinga, Praça Dom Pedro e Praça do Pescador. No campus da UFRA – Belém, é possível encontrar ipês amarelos (Handroanthus serratifolius); brancos (Tabebuia roseoalba); roxos (Handroanthus impetiginosus) e rosas (Tabebuia aurea).
LEIA TAMBÉM: Casos de varíola dos macacos chegam a 12 no Pará
Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.
Comentar