28 sobreviventes do naufrágio da embarcação Dona Lourdes II, que afundou na manhã desta quinta-feira (8), prestaram depoimento como testemunha sobre o ocorrido.
As famílias dos sobreviventes estiveram na Delegacia Fluvial, na noite de hoje, para acompanhar os procedimentos na Polícia Civil. Eles prestaram depoimentos para auxiliar no esclarecimento do que teria de fato causado o acidente.
Entre os passageiros que compareceram na delegacia estavam as irmãs Nazaré e Norma. Elas viajavam com a mãe e com uma criança de quatro anos. A criança foi resgatada por um pescador de Ponta de Pedras, mas a mãe delas não conseguiu sobreviver.
O NAUFRÁGIO
Ao todo, 82 pessoas estavam na embarcação Dona Lourdes 2, que saiu da Ilha do Marajó rumo à capital do estado. Ela naufragou próximo à ilha de Cotijuba, distrito de Belém, na manhã desta quinta (8).
De acordo com o governo estadual, o barco pertence à empresa de Meire Ferreira de Souza e, no momento do acidente, era conduzido pelo filho dela, Marcos de Souza Oliveira, 34. A reportagem não conseguiu localizar a defesa deles.
A embarcação teria começado a naufragar por volta das 7h30, quando diversos passageiros passaram a entrar em contato com familiares para relatar que a casa de máquinas estava submergindo.
Conforme relatos coletados pela Secretaria de Segurança, a embarcação ficou cerca de uma hora sendo tomada pela água, mas a tripulação afirmou que não havia motivo para preocupação, pois outro baco sendo encaminhado para que os passageiros fossem transferidos. Além disso, teriam recebido a informação de que não precisavam colocar colete salva-vidas.
Por volta das 10h, o barco teria começado a afundar e, cerca de meia hora depois, iniciou-se o resgate. Diversos ribeirinhos da região utilizaram barcos próprios para levar os passageiros até a faixa de areia das praias da Saudade, Vai Quem Quer, Praia Funda e Praia do Amor.
De acordo com a Segup, ainda há 8 pessoas desaparecidas. 63 passageiros sobreviveram ao naufrágio.
O governo do Estado montou duas carretas na área do grupamento fluvial para atender as famílias das vítimas e sobreviventes com emissão de documentos e serviço de saúde.
A defesa civil prestou auxílio aos familiares das vítimas.
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