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MEIO AMBIENTE

Na COP 27, Pará assina termo de doação de R$ 20 milhões

O Fundo da Amazônia Oriental (FAO) já alcançou R$ 31 milhões em apenas 13 meses de operação. No evento, diretora da Fundação Moore afirma que o Estado é uma peça muito importante para a solução do mundo

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Imagem ilustrativa da notícia Na COP 27, Pará assina termo de doação de R$ 20 milhões camera Mauro O’de Almeida, titular da Semas, destacou que o Pará quer incentivar outros estados da região | ( Agência Pará)

Durante o quinto dia de realização da 27ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, o Pará apresentou para a comunidade internacional o Fundo da Amazônia Oriental (FAO), mecanismo privado de financiamento para implementação do Plano Estadual Amazônia Agora (PEAA). A reunião ocorreu ontem, no espaço Hub Amazônia. A COP 27 traz como tema “Juntos para a implementação” e ocorre no período de 6 a 18 de novembro, na cidade de Sharm El-Sheikh, no Egito.

Olhar para o Brasil, para a Amazônia, se faz necessário para frear os impactos causados pela emissão dos gases de efeito estufa e outras formas de degradação da natureza. A fim de atrair novos investidores comprometidos a colaborar com a proteção das florestas e a preservação da qualidade de vida humana, o FAO foi apresentado como uma opção séria e de credibilidade durante o evento.

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O Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) é responsável pela gestão do FAO, que envolve atividades de execução financeira, prestação de contas e também captação, e possui a meta de arrecadação de R$ 300 milhões até 2025.

Ao final do painel, um termo de doação no valor de R$ 20 milhões foi assinado entre o governo do Pará, por meio da Semas, a Fundação Moore, instituição doadora e o Funbio. Com esse aporte, o FAO já alcançou R$ 31 milhões em apenas13 meses de operação.

REFERÊNCIA

Avecita Chicchón afirmou que a natureza é parte da solução. “Nesta nova fase nós temos a visão dos resultados em vez dos mandatos, evitando este ponto de inflexão na bacia amazônica. Então, a gente tem a ciência, a gente sabe que cerca de 50% estão protegidos de alguma forma. A nossa missão do futuro é consolidar estes 50% nesta proteção e a gente precisa também de ao menos 20% mais para o manejo efetivo. Portanto, destes 20%, boa parte está no Brasil e uma boa parte que está dentro do Brasil está no estado do Pará. Ou seja, trabalhar com o Pará é crítico para o Brasil e para o mundo. Se a gente quiser conservar a Amazônia, a gente tem que trabalhar com o Pará. O Pará é uma peça muito importante para a solução do mundo”, afirmou a diretora do Programa Andes Amazônia da Fundação Moore.

Secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará, Mauro O’de Almeida, destacou durante o painel que tanto quanto as dimensões continentais que o estado do Pará possui são os desafios do trabalho ambiental, mas que com a soma de esforços é possível traçar novos caminhos. “Os desafios são muitos e diversos, mas com o apoio de instituições como o Instituto Clima e Sociedade, o BID e agora a Fundação Moore, que se junta a nós para o apoio ao Fundo Amazônia Oriental, nós queremos servir de exemplo de que é possível sim um estado subnacional conduzir políticas públicas de magnitude, de dimensões e em escalas que sejam compatíveis com os desafios da Amazônia e com os desafios do Pará. Nós queremos ser exemplo e sermos inspiração para que outros estados da Pan Amazônia possam traçar o mesmo caminho”, revelou o secretário.

ENCONTRO

QUEM PARTICIPOU

- Participaram do painel sobre financiamento climático a secretária executiva do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) Rosa Lemos, diretora-executiva do Instituto Clima e Sociedade (iCS), Ana Toni, Secretário de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará, Mauro O’de Almeida, diretora do Programa Andes Amazônia da Fundação Moore, Avecita Chicchón e o Líder da Divisão de Mudanças Climáticas e Sustentabilidade do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Graham Watkins.

Investimentos

- Os investimentos captados são voltados para ações ligadas ao PEAA, como combate ao desmatamento, estímulo à produção rural sustentável, protagonismo e valorização de comunidades tradicionais, recuperação de áreas degradadas, implantação de Unidades de Conservação e fortalecimento institucional.

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