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Como a produção de cosméticos pode impactar o meio ambiente?

O plástico utilizado na produção da indústria de higiene e cosméticos gera grande volume e se tornou uma grande preocupação

Imagem ilustrativa da notícia Como a produção de cosméticos pode impactar o meio ambiente? camera Microplásticos: uma ameaça quase invisível e muito relacionado a produtos cosméticos | Reprodução

O Brasil segue ocupando a posição de 4º maior mercado do mundo em consumo de produtos de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos e o 2º mercado no ranking global de países que mais lançam produtos anualmente. Os números são os mais recentes, divulgados em novembro deste ano pela Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC), e apontam o grande volume de produtos que, se não fabricados, transportados e descartados com o devido cuidado, podem impactar significativamente o meio ambiente.

O plástico oriundo da produção e consumo dos mais variados produtos, incluindo os de higiene e cosméticos, é uma preocupação antiga para todo o mundo. Ainda em 2016, um estudo divulgado durante o Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça, já alertava que o aumento da utilização de plásticos no mundo era tão significativo que, em 2025, a proporção entre as toneladas de plástico e as toneladas de peixe registradas nos oceanos alcançará a marca de 1 para 3 e, em 2050, já serão registrados mais plásticos do que peixes nos oceanos.

Para além do plástico de embalagens de diversos produtos, que podem ser vistos a olho nu entre a vida marinha, outro tipo de resíduo plástico, que está muito relacionado aos produtos cosméticos, preocupa pesquisadores e ambientalistas pelos impactos negativos gerados aos ecossistemas, os microplásticos.

Esses pequenos pedacinhos de plástico que medem menos de 5 mm de diâmetro podem estar presentes, por exemplo, nos esfoliantes utilizados para limpar a pele do rosto ou do corpo. Após o uso, esse produto que escorre pelo ralo carrega consigo não apenas as células mortas de quem o utilizou, mas também as microesferas plásticas que fazem parte da composição, os microplásticos. Depois de entrarem na rede de esgoto, tais resíduos podem acabar parando em rios e oceanos, sendo ingeridos por animais aquáticos e, posteriormente, ingeridos pelos próprios seres humanos a partir do consumo de peixes contaminados.

Não é à toa que um artigo publicado na revista Pesquisa Fapesp destaque que, apesar de terem a presença identificada nos oceanos nos oceanos desde os 1970, os microplásticos, hoje, também já estão no ambiente terrestre, no ar que se respira, nas reservas de água doce, nos peixes e frutos do mar e até mesmo na água que chega às torneiras e a que é engarrafada para o consumo.

EMBALAGENS

O impacto causado pelos resíduos de embalagens de produtos de higiene e cosméticos tem sido outra preocupação da indústria da beleza que, segundo aponta a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC), têm investido fortemente em programas de logística reversa.

De acordo com a ABIHPEC, que com 400 associados representa cerca de 90% da indústria brasileira de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos, desde 2006 o programa ‘Dê a Mão para o Futuro’ desenvolve atividades voltadas à destinação adequada de embalagens pós-consumo. De acordo com o panorama do setor publicado em novembro deste ano, de 2013 a 2021 o programa recuperou e encaminhou para a reciclagem 802.500 mil toneladas de embalagens pós-consumo, estando presente nos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal.

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