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Trabalho: setores devem contratar mais de 4,7 mil em 2023

Só o setor comercial do Estado projeta a criação de mais 1.700 mil vagas para o ano que vem, a partir da análise deste ano

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Imagem ilustrativa da notícia Trabalho: setores devem contratar mais de 4,7 mil em 2023 camera Segundo expectativa do comércio paraense e supermercados, o ano de 2023 será de otimismo para a geração de emprego | Foto: Irene Almeida

A Pesquisa Índice de Expectativa dos Empresários do Setor Comércio - ICEC (CNC/Fecomércio-PA) mostra que a contratação de funcionários no setor este mês foi 6% maior em relação a dezembro 2021. E as perspectivas para 2023 são as mais otimistas possíveis.

“Acreditamos que podemos incrementar em, pelo menos mais 6% o número de contratações ano que vem, o que representariam a criação de mais 1.700 vagas, levando em conta o crescimento verificado nos primeiros dez meses deste ano”, calcula Eduardo Yamamoto, presidente do Sindicato do Comércio Varejista e dos Lojistas de Belém (Sindilojas).

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Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Emprego, mostram que, entre janeiro e outubro de 2022, o Estado admitiu 362.315 pessoas e desligou 313.486, gerando um saldo de 48.829 novos postos de trabalho com carteira assinada.

Desse total, o setor de Comércio e Serviços admitiu 222.671 pessoas e desligou 193.554, gerando 29.117 novos empregos com carteira assinada. Ou seja: o setor foi responsável, nos primeiros 10 meses do ano, pela geração de 59,63% de todos os empregos celetistas criados no Pará.

E para médio e longo prazo, o Índice ICEC indica que para 83,5% dos empresários é de expectativa de aumento nas contratações, frente a 16,5% que afirmam que irão reduzir o número de contratações. O Sindilojas aguarda com otimismo que as políticas econômicas atinjam as metas de inflação e de responsabilidade fiscal em 2023.

Eduardo diz que tudo dependerá de indicadores das políticas econômicas que serão adotadas pelo novo governo e do comportamento dos indicadores macroeconômicos para podermos mensurar com mais precisão os reflexos sobre as vendas.

A economia e geração de emprego e renda, segundo ele, estão em sincronia com a prosperidade do comércio. “E nós, lojistas, ansiamos que as vendas voltem com força total ano que vem para que possamos expandir nossos negócios, gerando mais empregos e melhorando a qualidade de vida dos trabalhadores”.

De acordo com a Fecomércio-PA, com base na Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), as vendas do varejo paraense entre janeiro a outubro (último dado da pesquisa disponível) o volume de vendas do Comércio foi 5,4% maior do que o volume de vendas do mesmo período de 2021, superando, inclusive a média do Brasil que ficou em 1%.

“Mesmo com as dificuldades enfrentadas durante o ano de 2022, a expectativa é de encerrar o último bimestre com volume de vendas 8% superior às vendas de 2021”, afirma Lúcia Cristina Lisboa, assessora de economia da Fecomércio-PA.

Além da pandemia e lockdown serem coisas do passado, alguns eventos foram responsáveis pelo aquecimento das vendas: o Círio de Nazaré que voltou com as procissões presenciais; e a Copa do Mundo que potencializou a Black Friday. “Tudo isso emendou no Natal e nas festas tradicionais de confraternização. Além da tradição de presentear, é momento de renovar o guarda roupa e arrumar a casa para as festas de final do ano”, justifica Yamamoto.

Mesmo que em 2021 com a pandemia já estivesse mais branda, em 2022 há maior circulação de pessoas no centro comercial e shoppings centers, comércio de rua. “Isso aumenta a propensão a consumir, aumentando a confiança dos lojistas e dos consumidores”, diz o presidente do Sindilojas.

Segundo Eduardo há indicadores importantes de melhoria no mercado de trabalho em Belém, onde os temporários passarão de 1.941 vagas de 2021 para mais de 2.100 vagas em 2022, além da injeção de recursos por meio das políticas de transferência de renda também influenciam positivamente.

“E cabe destacar a injeção do 13 salário, cuja parte, em certa medida, vai para o consumo. Analisando todo esse quadro do varejo, acreditamos que no Natal deverá haver incremento de vendas com as lojas físicas podendo ter um incremento em torno de 8% na média geral nas vendas de acordo com o projetado pela Fecomércio”.

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