Segundo um estudo realizado em parceria entre a Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Economia (Secon), e o Departamento Intersindical de Pesquisa e Estudos Socioeconômicos (Dieese/pa), o preço do pescado comercializado nas feiras e mercados municipais da capital fechou em alta no ano de 2022.
Por esse motivo, os órgãos envolvidos já iniciaram os debates a respeito das medidas a serem adotadas para assegurar o abastecimento e o preço do peixe durante a Semana Santa 2023. A primeira reunião técnica sobre o tema foi realizada na última quinta-feira (2).
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“Já estamos realizando um plano de ordenamento e fiscalização na Pedra do Peixe do Complexo do Ver-o-Peso, considerada o maior entreposto de comercialização do Estado", afirmou o secretário municipal de Economia, Apolônio Brasileiro. "A ideia é garantir o abastecimento interno através do controle quantitativo de todo o pescado que sai de lá para outros municípios paraenses”, ressaltou.
De acordo com o relatório da Secon e Dieese/PA, a maioria das espécies de pescado comercializadas nas feiras e mercados de Belém sofreram aumentos acima da inflação nas últmimas semanas do ano passado. “Esses valores, inclusive, fecharam com percentuais superiores à inflação, que foi 6% para o mesmo período”, apontou Roberto Sena, supervisor técnico do Dieese no Pará.
Sena destaca que essa elevação nos preços também foi registrada em anos anteriores, sempre em decorrência de aspectos ligados à sazonalidade das espécies de peixe mais consumidas no Estado. Por esse motivo, a tendência é de que os aumentos se repitam até as vésperas da Semana Santa. “É bom lembrar ainda que, já no final do ano passado, a maior parte das espécies pesquisadas registrou aumentos”, frizou.
PESQUISA DE PREÇO
As pesquisas realizadas ao longo de 2022 registraram os maiores reajustes de peços nas seguintes espécies de pescados: peixe serra (29,67%); camurim (29,46%); pacu (26,92%); tucunaré (24,05%); sarda (20,80%); acari (16,59%); gurijuba (16,42%); surubim (16,06%); peixe pedra (15,49%); dourada (14,86%); cachorro de padre (14,65%); mapará (13,43%); pescada branca (12,64%); aracu (11,09%); bagre (10,72%); filhote (10,22%); pescada amarela (10,07%); cação (9,99%); xaréu (9,56%); tambaqui(9,46%); tainha (5,68%); corvina (5,23%); uritinga (4,39%); arraia (3,70%); tamuatá (3,40%).
Os poucos peixes que apresentaram queda de preço entre janeiro e dezembro de 2022 foram: pirapema (17,38%); piramutaba (5,99%); pescada gó (3,70%); pratiqueira 2,48%; curimatã (1,66%).
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