Em entrevista na sexta-feira, 10, ao programa Fórum Entrevista, no YouTube, o governador do Pará, Helder Barbalho, falou sobre as estratégias definidas para o segundo mandato a fim de reforçar os sistemas de segurança pública no Estado e as ações prioritárias para a pasta de Meio Ambiente e Sustentabilidade que garantam o aumento da fiscalização e combate às irregularidades ambientais, ao desmatamento e ao garimpo ilegal.
Na última terça, 7, o governador assinou decreto para declarar emergência ambiental em 15 municípios paraenses. A medida possibilitará maior presença dos órgãos do Estado e fortalece o rigor no combate a ilícitos ambientais em regiões identificadas como áreas críticas.
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A entrevista foi concedida ao Fórum Onze e Meia que teve a participação dos jornalistas Dri Delorenzo, Luiz Carlos Azenha e Renato Rovai. Um dos assuntos abordados foi o fato de que 75% do território paraense são jurisdicionados à União, ou seja, a maior parte da floresta amazônica não está sob a jurisdição do Estado do Pará, cabendo a este apenas 25% do território.
“Nossa intenção é, compreendendo a gravidade e a emergência ambiental que estamos vivendo, construir condições, sob o aspecto político-administrativo, para que o Estado possa ser capaz de atuar com maior desenvoltura, celeridade e agilidade nos territórios que estão sob jurisdição estadual”, explicou.
Helder ressaltou que nas áreas que estão sob jurisdição da União, apenas podem atuar órgãos de fiscalização e ambientais do governo federal, através de unidades de conservação federais, de áreas indígenas e outras denominações.
“Temos acompanhado, ao longo dos últimos quatro anos, iniciativas que atuaram partindo do princípio de que nós precisamos combater as ilegalidades ambientais, mas não apenas isto. Nós precisamos, também, construir um modelo de desenvolvimento de transição da economia de grande emissão de carbono para a economia de baixo carbono. Isto pressupõe um planejamento estratégico de uso do solo e nós temos
feito isso”, frisou.
FLORESTA EM PÉ
O governador falou sobre a mudança de paradigma assumida em sua gestão. “De 2021 a 2022, nós conseguimos reduzir em 21%, o que significa menos 6 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera. Mais do que isso, nós conseguimos reverter a curva. Estávamos num processo continuado de 2018 para 2019. De 2019 para 2020 conseguimos iniciar um processo de contenção e, de 2021 para 2022, já começa a haver um processo de declínio”, revelou.
“Fato é que, com toda essa construção que fizemos, com política de mudanças climáticas, assistência técnica rural para mudar a lógica da extensividade do uso da terra para intensidade, melhorando o manejo, mostrando que é possível produzir sem derrubar uma árvore sequer, política de bioeconomia, estimulando novas atividades, provocação para o mercado de créditos de carbono estamos transformando a floresta em pé em uma nova commodity”.
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