A pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos do Pará (Dieese-PA), apontou nova alta de 1,25% no preço da cesta básica em Belém, em fevereiro, que colocou a cidade como a que sofreu o maior reajuste nesse mês entre as demais capitais do Brasil. O aumento representa o gasto de quase R$ 663,00 para a compra dos produtos que compõem a alimentação básica, o que compromete 55% do salário mínimo de R$ 1.302,00.
Ainda segundo a pesquisa, dos 12 produtos que integram a cesta básica na capital neste período, os principais aumentos foram observados na farinha de mandioca, que apresentou alta de 7,02%, seguida do leite que sofreu reajuste de 3,53%, a manteiga que ficou 3,11% mais cara e o tomate, com o aumento de 1,27%.
A pesquisa do Dieese-PA também envolveu os dois primeiros meses deste ano, que juntos apresentaram o aumento de 4% no preço da cesta básica. Nesse cenário, o destaque foi o feijão, com reajuste acumulado de 23,72%; seguido da farinha de mandioca, que teve a alta de 13,91%; do quilo do tomate, com acréscimo de 9,02% e óleo de soja, com alta de 5,29%.
Mas o cenário é pior quando a pesquisa do Dieese-PA apresenta a alta acumulada da cesta básica, entre janeiro do ano passado a janeiro de 2023. Nesse contexto, o reajuste se aplica a todos os produtos que compõem a lista, que foi de 15,33%, percentual que representa o dobro da inflação desse período, estimada em torno de 6%.
Segundo o Dieese-PA, entre os motivos para o reajuste estão a sazonalidade dos produtos, a queda de produção, encarecimento dos insumos, chuvas e alta dos combustíveis. “Cerca de 60% dos produtos da cesta básica dos paraenses são de outros estados, então, esses fatores realmente influenciam na alta dos preços”, explicou Everson Costa, técnico do Dieese-PA.
Independentemente dos motivos, o certo é que o consumidor tem sentido no bolso a alta dos alimentos e está mais interessado em saber o que e como fazer para garantir a compra dos produtos. “A cada vinda no supermercado a gente se surpreende com o aumento do preço das coisas. A gente pesquisa, opta pelos produtos de marcas mais em conta, usa todas as formas, mas ainda assim está tudo caro”, disse Rosana Santos, 48 anos, cozinheira.
“Já abri mão dos produtos chamados supérfluos, que era a forma da gente se dar um luxo, mas não tem mais condições. A tática agora é focar no que é básico, então é pesquisar os supermercados que oferecem os melhores preços dos produtos, aproveitar os dias de oferta, optar por ir nas feiras dos bairros porque não está fácil”, concluiu Daniel Brandão, 44 anos, agente de portaria.
R$ 663
Aumento representa um gasto de quase R$ 663,00 para a compra dos produtos que compõem a alimentação básica.
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