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Garçonete é barrada de se matricular em medicina na UFPA

A Universidade alega que a jovem não estaria inclusa na cota de baixa renda.

Imagem ilustrativa da notícia Garçonete é barrada de se matricular em medicina na UFPA camera Lívia luta na justiça por vaga na UFPA | Reprodução/Instagram

Lívia Letícia, de 20 anos, estava celebrando com a família o fato de ter sido aprovada na Universidade Federal do Pará (UFPA) e poder se tornar a primeira médica do clã, que é de origem humilde na cidade de Capanema, no nordeste paraense. No entanto, ela não esperava que os dias seguintes se transformariam em um grande drama para garantir sua vaga na maior instituição de ensino superior do Estado.

O caso foi denunciado no Instagram por outra moça chamada Lucyene Nascimento, que conheceu Lívia na fila de matrícula e ficou sensibilizada com a situação que poderia fazer a caloura perder sua vaga em um dos vestibulares mais concorridos do Brasil.

Gestora da escola de Lívia falando sobre a rotina da jovem
📷 Gestora da escola de Lívia falando sobre a rotina da jovem |Reprodução/Instagram

De acordo com a publicação, Lívia trabalhava como garçonete das 6h às 18h e aproveitava o período da noite para estudar para a prova. Lucyene também ressaltou que a universidade não ofereceu tempo hábil para a entrega dos documentos necessários: o listão de aprovados saiu na sexta-feira, 17 de fevereiro, antes do carnaval, e a data para a entrega dos documentos foi na quinta-feira, dia 23 do mesmo mês (depois do carnaval).

Segundo a denúncia, a caloura conseguiu entregar a documentação, mas esta foi indeferida pela Universidade por não ser considerada de baixa renda. Entretanto, a família da jovem receberia menos de um salário-mínimo, e a UFPA exige 1,5 salário-mínimo per capita para entrar na cota. O caso entrará na justiça.

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Nas redes sociais, é possível ver fotos do dia de comemoração de Lívia com seus avós e o resto da família, além dos seguintes dizeres em uma placa: "É Federal, Lívia Letícia, Medicina, Orgulho da família e da escola Oliveira Brito".

Como se trata de uma instituição federal, o caso deve ser levado à Defensoria Pública da União, diferente da Defensoria Pública do Estado, que atuaria caso a situação ocorresse na UEPA, por exemplo. Com isso, várias pessoas estão se prontificando para ajudá-la.

Na tarde desta quinta-feira (16), a jovem se pronunciou nas redes sociais, agradecendo todo o apoio que vem recebendo, inclusive a ajuda de três advogados: Manassés da Rocha, Mauro Lopes e Manassés Filho.

Mensagens de apoio e ajuda pelo Instagram de Lívia
📷 Mensagens de apoio e ajuda pelo Instagram de Lívia |Reprodução/Instagram

"Os três advogados se disponibilizaram a me auxiliar no procedimento para tomar medidas cabíveis para que eu possa dar continuidade ao meu sonho de cursar medicina na Universidade Federal do Pará. Agradeço do fundo do meu coração todas as mensagens de apoio e suporte. Espero contar com o apoio de todos vocês”, disse.

Lívia prossegue: "Estou recebendo muitas mensagens de apoio, tentando ao máximo responder as mensagens, agradeço a torcida e a prontificação. Fico muito feliz e isso me dá muita força para continuar lutando e seguir em frente. Obrigada de todo coração, finaliza.

A reportagem do DOL entrou em contato com a UFPA na busca de esclarecimentos e a instituição respondeu que ainda não tem um posicionamento sobre o caso.

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