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SOLUÇÃO

Princípios da educação para um trânsito mais seguro

Combater as imprudências no trânsito é um caminho longo, que exige o comprometimento de todos nós

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A imprudência no trânsito é um comportamento destrutivo que abrevia vidas, deixa sequelas e impõe sofrimento aos que ficam. Os sucessivos casos e tragédias nos obrigam a refletir que, mais do que números em estatísticas, é preciso enxergar soluções.

“O trânsito reflete a educação que recebemos dentro de casa”, afirma o professor João Bosco, sem antes alertar para a realidade: “Aquelas regrinhas que papai e mamãe me ensinaram desde criança, a orientação feita pelas autoridades, além das condições da via vão fazer com que os acidentes diminuam, mas eles sempre vão existir”.

O diretor técnico-operacional do Detran/PA, Bento Gouveia, afirma que, entre todos os pilares que sustentam o trânsito, a educação deve ser priorizada
📷 O diretor técnico-operacional do Detran/PA, Bento Gouveia, afirma que, entre todos os pilares que sustentam o trânsito, a educação deve ser priorizada |Fellipe Almeida/Asdecom Detran

PRINCÍPIOS

Ao combater a um mal que atinge todas as idades entram em cena as ações educativas que somam à formação do cidadão. O projeto “Detran nas Escolas”, voltado para a comunidade escolar, leva ao conhecimento de meninos e meninas os principais fatores de risco nas rodovias. São palestras e vídeos temáticos que enfatizam o resultado de combinações letais, como a bebida e o celular ao volante, o não uso do cinto de segurança ou do capacete, e o excesso de velocidade.

“A educação para o trânsito contribui para formar cidadãos responsáveis que possam preservar a vida. São esses valores que devemos ter desde criança para que a gente possa compartilhar com a sociedade.”

O diretor técnico-operacional do Detran Pará, Bento Gouveia, garante que a participação do público mais jovem é sempre positiva. Curiosos e participativos, os estudantes são reconhecidos como futuros condutores, por isso a importância de despertar atitudes mais responsáveis. Embora esteja longe da perfeição.

“Precisamos ser mais assertivos. Temos que levar materiais que, de fato, os alunos tenham interesse. Eles estão mais exigentes com a tecnologia, não limitados apenas ao papel ou às atividades lúdicas”, esclarece.

No final de março, quando essa matéria foi publicada, o Detran dava início ao projeto "Detran nas Escolas" em Belém e Região Metropolitana, mas já se preparava para expandir para todo o Estado.

O instrutor teórico Sandro Hage reforça a participação das autoescolas na formação de condutores para um trânsito mais seguro
📷 O instrutor teórico Sandro Hage reforça a participação das autoescolas na formação de condutores para um trânsito mais seguro |Arquivo Pessoal

FORMAÇÃO

A participação das autoescolas no processo de formação também figura em lugar de destaque nesse cenário, ainda que alguns não as vejam dessa forma — quando o Projeto de Lei Nº 6485/2019 tramitou no Senado Federal desobrigando a frequência ou a obrigatoriedade do curso teórico para a obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), o que foi arquivado.

Consideradas erroneamente como “um meio para um fim”, as autoescolas trazem à luz do desconhecido os princípios educacionais, didáticos e éticos relacionados ao trânsito — bases que sustentam o perfil de um bom condutor.

Não se trata de decorar os regimentos do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), mas de compreender os porquês sobre Direção Defensiva, Noções de Primeiros Socorros, Proteção e Respeito ao Meio Ambiente e Convívio Social no Trânsito.

“Imagina o caos que seria se colocássemos para dirigir nas ruas todos os formandos que ainda não estão habilitados, que não passaram pelo processo de treinamento? A responsabilidade é maior do que as pessoas imaginam”— Sandro Hage, instrutor.

E realmente é. Esses profissionais têm a tarefa de levar para dentro de sala a conscientização aos alunos da primeira habilitação. O esforço é dobrado quando envolve os que, por N questões (leia-se “infrações cometidas”), tiveram seus direitos de dirigir suspensos.

PARA TODOS

Bento pontua que o trânsito é formado pelo homem, a via e o veículo. Com o investimento adequado nas estruturas das rodovias e com o aprimoramento automobilístico nos últimos anos, resta ao homem acompanhar essa evolução. Os três devem caminhar juntos.

“Você pode observar: um cidadão muito bem educado e orientado se perceber que não é fiscalizado, começa a relaxar. Quantas pessoas nós conhecemos que deixam de usar o cinto de segurança no banco de trás? Quantos dirigem e falam ao celular ao mesmo tempo?”

O trânsito seguro é um desejo compartilhado por todos que foram ouvidos desde o início da reportagem. Cada um protagoniza as próprias lutas, sejam os especialistas avaliando cenários em busca de soluções, os ativistas que não se deixam abater frente às injustiças ou os sobreviventes que se reergueram e convivem com as sequelas da imprudência.

Independente do caminho escolhido, o objetivo é o mesmo: preservar vidas.

***

Conteúdo:

• Psicólogo responde: por que somos imprudentes no trânsito?

• Morremos jovens na contramão da imprudência

• Vítimas de trânsito e as cicatrizes invisíveis

• Delegacia de Trânsito: um sonho de justiça e reparação

Princípios da educação para um trânsito mais seguro


Reportagem: Fernanda Palheta

Edição: Gustavo Dutra

Multimídia: Emerson Coe e Vicente Crispino

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