Vacina bivalente: veja quem deve se vacinar na Grande Belém

“Agora sinto que estou completamente protegida”, afirmou Miriam Oliveira de Andrade, 66, após receber a dose de reforço da vacina bivalente. Assim como a servidora pública, quem está dentro da faixa etária de 12 a 59 anos e que possui comorbidade pode procurar um dos diversos pontos de vacinação, em Belém, para receber o mesmo imunizante, ressalta a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma).

Com a ampliação do público, o Departamento de Vigilância em Saúde da Sesma garante que aqueles que já receberam pelo menos duas doses da vacina monovalente, como esquema primário, estejam sendo contemplados com essa medida de proteção à saúde pública, além de ampliar cada vez mais a cobertura vacinal na capital paraense.

Segundo Miriam, que se vacinou na Unidade Básica de Saúde (UBS) do bairro de Fátima, manter a carteira de vacinação atualizada é a melhor forma de ter uma vida mais saudável. “A vacina não evita que a gente adoeça, isso é fato, mas é por conta do medicamento que muitas mortes deixaram de acontecer”.

Pode receber a vacina bivalente contra a Covid-19 quem é pertencente aos grupos prioritários, que incluem idosos com 60 anos ou mais, indígenas, ribeirinhos e quilombolas, gestantes e puérperas, trabalhadores da saúde, pessoas com deficiência permanente, funcionários do sistema de privação de liberdade, bem como pessoas com comorbidades entre 12 e 59 anos de idade.

Leia também:

Árvore proibida por lei cai na Avenida José Bonifácio

Vídeo: homem morre afogado após naufrágio de embarcação

Para receber essa dose a pessoa deve esperar um intervalo de quatro meses após a última dose recebida, orienta o órgão da saúde. Além disso, é necessário ressaltar que indivíduos que tiveram a Covid-19 confirmada devem aguardar pelo menos 30 dias após o início dos sintomas para receber a vacina.

RESULTADO

De acordo com o Ministério da Saúde, uma vacina bivalente para a Covid-19 apresenta um resultado mais eficiente, uma vez que tem antígenos de duas cepas diferentes. Dessa forma, caso uma cepa sofra mutações e não seja reconhecida pelos anticorpos produzidos pela vacina, a outra cepa poderá fornecer proteção.

Por causa dessa informação, o fotógrafo Reinaldo Ferreira da Silva, 72, procurou a UBS de Fátima. “Eu tenho total atenção com a minha saúde desde quando o primeiro caso foi registrado no país. Não vacilei em nenhum momento e por isso faço questão, mesmo que a doença esteja mais amena, de seguir a risca todas as orientações para não sofrer por teimosia”, explicou.

Mesmo que ainda não esteja dentro dos critérios para receber a bivalente, o universitário Sérgio Ruan Nunes, 22, está em dia com as doses da monovalente. “Penso que é uma questão de saúde individual e coletiva, pois fazemos parte de uma sociedade, então as minhas atitudes refletem no próximo. Quero dizer que: se eu me proteger, todos que estão ao meu redor estarão protegidos também”.

Serviço

- Para receber a vacina contra a Covid-19 é necessário apresentar a identificação com foto e o cartão de vacinação. No entanto, para pessoas com comorbidade ou imunocomprometidas, é necessário apresentar também comprovação da condição, que pode ser feita por meio de laudo, receita, exame ou outro documento que comprove a situação de saúde.

- Diversos locais estão disponibilizando a vacinação em Belém, com horários variados de acordo com cada unidade. As Unidades Municipais de Saúde estão abertas de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, enquanto os Hospitais Militares da Aeronáutica funcionam das 8h às 17h de segunda a sexta-feira, e o do Exército e da Marinha funcionam das 8h às 12h em dias específicos.

- As universidades Unama, Fibra, Unifamaz e a Escola de Enfermagem Magalhães Barata da Universidade do Estado do Pará (Uepa) oferecem vacinação de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h.