Com a tradição do almoço de páscoa, a corrida aos supermercados para garantir os itens na mesa já é intenso. Nesta quarta-feira (5), em um estabelecimento localizado na avenida José Bonifácio, em Belém, os consumidores faziam o que podiam para driblar a alta dos preços do bacalhau e azeite de oliva.
A odontóloga Mara Souza, 58 anos, aproveitou o dia para fazer as compras e diz que o preço de vários itens estão tão salgados quanto o bacalhau, que está 20% mais caro em comparação ao ano passado, segundo levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/Pará). E para quem pretende honrar a tradição, o jeito é mudar o foco.
“Olha, está tudo muito caro, inclusive a manteiga, que a gente usa em tudo, né? Mas no caso do bacalhau, não tem condições, tô levando o pirarucu no lugar. Agora o azeite de oliva, não abro mão, compro caro mesmo. O arroz, que a gente fazia mais incrementado, agora é flocado”, comentou.
ALTERNATIVAS
E para garantir a carne branca na mesa, a tendência é mesmo alternar o pescado. “Na nossa família é tradição o almoço de sexta-feira santa e tem que ser peixe. Como o preço do bacalhau está lá em cima, esse ano vai ser tambaqui, tô levando tudo de tambaqui”, conta o empresário Daniel Colares, 73.
Apesar da reclamação sobre os preços, as vendas estão aquecidas. Essa diferença de poder econômico, empurra muitas famílias para adquirir o plano B: o frango. Porém, em pesquisa recente, o Dieese Pará aponta que o preço do frango tem sofrido com aumentos generalizados.
Ou seja, até a alternativa mais em conta, para quem quer manter a tradição e não consumir carne vermelha no feriado religioso, também enfrenta tempos de preços em alta. Mas, para a aposentada Socorro Souza, o segredo é pesquisar mesmo. “Em casa a gente costuma comer frango mesmo, e como tudo está mais caro, a gente tem que procurar comprar no lugar mais barato. A diferença pode até ser pouca, mas no final, quando vamos abater, torna-se relevante”, encerrou.
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