O desemprego subiu em 16 das 27 unidades da federação no 1º trimestre de 2023 em relação aos dados do mesmo período do ano passado. É o que indica a pesquisa PNAD, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O desemprego é maior no Nordeste (12,2%), mas cresceu em todas as regiões. Bahia (14,4%) e Pernambuco (14,1%) são os estados com as maiores taxas de desocupação do país. As menores estão em Rondônia (3,2%), Santa Catarina (3,8%) e Mato Grosso (4,5%).
No Pará, de acordo com o Observatório do Trabalho, levantamento feito pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos-PA em parceria com o governo estadual, foi apurado um crescimento de 2,9%, com cerca de 103 mil pessoas a mais ocupadas no período neste ano.
Dados divulgados pelo Dieese/Pará, com base no PNAD Contínua do IBGE, mostram que, no comparativo entre o 1º trimestre deste ano (de janeiro a março) em relação ao mesmo período no ano passado, o total de pessoas ocupadas no mercado de trabalho paraense foi de 3.696 milhões de pessoas, contra 3.593 milhões em 2022.
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O estudo feito por técnicos do Dieese paraense sobre o total de trabalhadores desocupados (desempregados) no mercado de trabalho no Pará, com base nos dados da PNAD Contínua do IBGE, mostra que, no comparativo entre o 1º trimestre deste ano em relação ao mesmo período em 2022, foi registrada queda de 19% - cerca de 95 mil pessoas menos - no total de trabalhadores desocupados em todo o Estado.
Nos três primeiros meses de 2023 o quantitativo de desocupados alcançou 403 mil de pessoas. Já no mesmo período no ano passado, esse universo atingiu 497 mil pessoas desocupadas.
PARA ENTENDER
Números nacionais
- Em termos nacionais, de acordo com os números divulgados ontem pelo IBGE, a taxa de desemprego do 1º trimestre de 2023 ficou em 8,8%. O índice da pesquisa PNAD apresenta um crescimento do desemprego de 0,9 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior (outubro a dezembro de 2022) e uma queda de 2,4 pontos em relação ao mesmo período do ano passado.
- A taxa de desemprego no país nos três primeiros meses desse ano afetou mais as mulheres e negros, segundo o IBGE. “A taxa de desocupação por sexo foi de 7,2% para os homens e 10,8% para as mulheres no primeiro trimestre de 2023. Já a taxa de desocupação por cor ou raça ficou abaixo da média nacional (8,8%) para os brancos (6,8%) e acima para os pretos (11,3%) e pardos (10,1%)”, mostra a Pnad.
- A amostra da pesquisa por trimestre no Brasil corresponde a 211 mil domicílios pesquisados. Cerca de dois mil entrevistadores trabalham na pesquisa, em 26 estados e no Distrito Federal. A Pnad do IBGE é mais ampla, e compreende o mercado de trabalho informal. O levantamento é feito com entrevistadores, que perguntam sobre a situação de trabalho de uma amostra da população. Já o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho, apresenta apenas os números de contratos regidos pela CLT, e são as próprias empresas que preenchem as informações em um sistema próprio.
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