O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou nesta segunda-feira (5), data em que se celebra o Dia Mundial do Meio Ambiente, que o governo federal vai lançar um novo plano de segurança para a Amazônia, em parceria com os governos estaduais.
São medidas para combater crimes como grilagem de terras públicas, atividades ilegais de garimpo, extração de madeira, mineração, além de caça e pesca em territórios indígenas, áreas de proteção ambiental e no bioma como um todo.
"Esses crimes que degradam o meio ambiente são alimentados e, ao mesmo tempo, alimentam um verdadeiro ecossistema criminal. É o tráfico de drogas, de armas e de pessoas, a lavagem de dinheiro, o trabalho escravo, os assassinatos por encomenda e a exploração sexual de crianças e adolescentes", destacou Lula, durante discurso em evento no Palácio do Planalto. A ação foi chamada pelo presidente de Plano Amazônia: Preservação e Soberania.
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Entre as ações que serão realizadas, o presidente citou a criação da Companhia de Operações Ambientais da Força Nacional de Segurança Pública, a instalação de bases fluviais e terrestres integradas para o fortalecimento dos serviços de segurança pública na região, construção ou reforma de postos policiais, além de quarteis e delegacias em pontos estratégicos.
O plano prevê também aparelhamento e modernização de meios e infraestrutura dos órgãos de segurança pública que atuam na Amazônia Legal, a implantação do Centro de Cooperação Policial Internacional para a proteção da Amazônia e de centros integrados de comando e controle, "com ênfase em inteligência integrada".
"A mensagem que estamos passando aos criminosos e ao mundo é muito clara: tolerância zero com a devastação de nosso meio ambiente. Total proteção aos povos indígenas, inclusive com o uso da força quando necessário, e a demarcação do maior número possível de seus territórios."
Outros pontos mencionados incluem a ampliação e modernização dos meios navais que patrulham os rios da Amazônia, a modernização da rede de Capitanias, delegacias e agências da autoridade marítima, suporte dos pelotões da fronteira, aumento de operações na Amazônia, aquisição e modernização de sistemas aeroespaciais e de equipamentos logísticos para as Forças Armadas. O presidente não informou quando as medidas começarão a ser implementadas.
Além disso, Lula reforçou a importância de ter em Belém, uma cidade da Amazônia, a COP 30. Em certo momento do discurso, o presidente disse que agora será possível entender melhor sobre o que todos falam em reuniões do clima. "Em qualquer encontro sobre o clima, a palavra mais dita é “Amazônia”. Então, nada mais justo que realizar uma COP em Belém, na Amazônia, para todos verem com os próprios olhos sobre o que falam", disse Lula.
Em outro trecho da fala, ele relembrou que haverá, também em Belém, a reunião da cúpula dos países amazônicos, que tratará sobre a busca conjunta por um modelo de desenvolvimento sustentável para a região.
O encontro com os líderes de países Amazônicos acontece em Agosto deste ano na capital paraense.
Em 2025, Belém do Pará será a sede da COP 30, o mais importante encontro internacional sobre meio ambiente e clima. Antes, em agosto deste ano, realizaremos também em Belém, a Cúpula dos Países Amazônicos, para a busca conjunta por um modelo de desenvolvimento sustentável para a…
— Lula (@LulaOficial) June 5, 2023
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