O Pará comemora junho, o mês do Meio Ambiente, com o anúncio de uma nova redução do desmatamento no Estado. Dados divulgados pelo Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), mostram que no mês de maio houve queda de 28% no desmatamento ilegal no Pará, que assim mantém pelo segundo mês consecutivo uma significativa redução nos índices de degradação florestal. A manutenção da redução reflete o início da consolidação das políticas ambientais implementadas pelo governo estadual.
De acordo com os dados do Deter, divulgados na segunda-feira (5), através da Plataforma TerraBrasilis/Inpe, no mês de maio houve redução na área recoberta por alertas de desmatamento. Em 2023 a área total foi de 195 km², o que significa uma redução de 28% em relação aos índices do mesmo período do ano passado, quando foram registrados 272 km² de área recoberta por alertas de supressão da vegetação.
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Desta forma, o estado mantém a queda já verificada no mês de abril, quando o sistema de monitoramento apontou redução de 70% da área recoberta por alertas de desmatamento em relação ao mesmo período em 2022. No mês passado, foram registrados 86 km² de área recoberta por alertas de desmatamento, enquanto que no ano de 2022 a área foi de 291 km².
A série histórica do período agosto-maio revela redução de desmatamento nos meses outubro, novembro, janeiro, fevereiro, abril e maio do Ano Prodes 2023 em relação ao Ano Prodes 2022. A análise dos cinco últimos meses do Ano Prodes 2023, de janeiro a maio de 2023, mostra que houve redução de 39%, se comparado ao mesmo período do Ano Prodes anterior.
QUEDA
A queda em 28% do desmatamento no Pará supera a redução verificada em toda a região amazônica. Em maio de 2023, no Ano Prodes 2023, a área recoberta por alertas de desmatamento na Amazônia Legal foi de 812 km². Esse número é 10% menor ao Ano Prodes 2022, quando a área alcançada foi de 900 km².
De acordo com o secretário de meio ambiente e sustentabilidade do Pará, Mauro O’de Almeida, estes números podem ser associados aos efeitos das ações do governo do estado, através da instalação das bases físicas nos pontos críticos do desmatamento.
“O desmatamento na Amazônia é um processo muito dinâmico e esta dinâmica exige do poder público constantes alterações em seu planejamento e principalmente nas estratégias que são utilizadas para tentar mitigar este processo. Desde 2019, o governo do estado vem empreendendo um esforço muito grande através de operações de fiscalizações, aperfeiçoamento do monitoramento na tentativa de diminuir as taxas anuais do desmatamento. Em 2020 foi criada a Força Estadual de desmatamento e através das operações da Amazônia Viva, os resultados vieram, tanto que em 2022 tivemos uma redução de 21% em relação a 2021”, enfatizou o gestor.
A assessora da Semas, Andréa Coelho, destaca que o estado adapta seu planejamento de acordo com as mudanças de estratégia dos desmatadores ilegais. “Ao perceber que as estratégias de quem desmata alteraram, o governo lançou mão do Decreto de emergência ambiental justamente para criar novas estratégias, novas formas de combater este processo, e nós temos uma expectativa muito positiva para que em 2023 nós possamos manter a redução das taxas anuais”, complementou a assessora.
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