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MÊS DO ORGULHO LGBT+

Pansexuais: a liberdade de amar sem rótulos

Diferente da bissexualidade que se atrai por homens e mulheres, a pansexualidade independe de gêneros binários e identidade de gêneros.

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Imagem ilustrativa da notícia Pansexuais: a liberdade de amar sem rótulos camera Em Junho é celebrado o mês do orgulho LGBT+. | Emerson Coe/DOL

"Uma sexualidade fluida e sem rótulos". É como muitos pansexuais se definem. O "P" da sigla, é quem mais representa a liberdade de amar e se relacionar com alguém, já que não se limita a gêneros binários (homem e mulher) ou identidade de gênero (cis, trans, ageneros).

Essa fluidez pode ser explicada na origem do termo "pansexualidade", que vem do prefixo pan- que significa "tudo". Mas assim como toda a orientação sexual, não significa que existe uma promiscuidade que muitas vezes são impostas a eles.

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A psicóloga Andrea de Carvalho, do Hospital das Clínicas de São Paulo, reforça a ideia de que pansexuais não se relacionam com objetos, por exemplo. "Quando a gente fala de pansexualidade, as pessoas misturam com parafilia e pedofilia. Então pensam que pansexual sente atração por árvore, por criança. A pessoa pan sente atração apenas por pessoas capazes de consentir uma relação", explicou.

RELACIONAMENTOS

A liberdade de rótulos e definições fazem parte da vida de Nathália Andrade, que se identifica como uma mulher pansexual. Essa "descoberta" começou desde a pré-adolescência, quando sentia atração por outras pessoas. Hoje, ela é casada com outra mulher.

"Quando se trata de descobertas é engraçado e complicado porque, pelo menos, pra mim isso vem desde uma infância "esquisita", pois você olha diferente perante as meninas e uma pré-adolescência ainda mais complicada porque você precisa começar a descobrir o que é e definir, os sentimentos ficam brigando entre si, sentir atração não sentir", conta.

A relação de Nathália com a esposa já dura 5 anos e as histórias traumáticas de LGBTfobia também estão presentes na vida dela, que, infelizmente, convive com esse medo até hoje.

"Foi no mês de orgulho lgbtqia+. A gente se sente tão pequeno, tão impotente no meio do mundo, o sentimento nunca vai embora, o medo também não. É triste pensar que pra mim isso se tornou uma vivência tão marcante, gostaria que fosse diferente, que pudéssemos ser marcados por experiências boas, que pudéssemos sempre contar uma história com final feliz, porém ainda somos o primeiro país com maior porcentagem de homicídios de pessoas lgbtqia+", reflete Nathália.

A realidade da LGBTfobia não está restrita a pansexualidade, mas a todos que fazem parte da comunidade LGBT+. Em 2019, a lei que criminaliza a homofobia foi aprovada no Brasil e, muito antes disso, na Constituição Federal Brasileira de 1988, já estava evidente como cláusula pétrea: "Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade".

AMOR

Um pouco distante da lei civil e social, cada um define por si só o que é o amor. Como a fluidez da pansexualidade pode nos mostrar, amar está acima de qualquer coisa, é se sentir vivo e, principalmente, livre.

"Amor para mim é lar. É me sentir em casa dentro de casa só porque existe um conforto entre o espaço e tempo que vivo com os que amo. Amor é construção e manutenção, amor é o que sinto todos os dias quando chego em casa e vejo minha esposa, meus gatos. Amor para mim é conversar e perceber que depois de 5 anos, ainda casaria com ela todos os dias da minha vida. Amor é ter alguém soprando primavera dentro de você enquanto o mundo arranca suas folhas, como um outono", conclui Nathália.

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