Após um mês do desabamento de 13 sacadas do prédio Cristo Rei, ocorrido no dia 13 de maio, em Belém, o laudo que deve apontar as causas do incidente, que assustou toda vizinhança da área, ainda não foi entregue. Sem esse documento finalizado, vários moradores ainda permanecem impossibilitados de retornarem aos seus apartamentos. Segundo a Polícia Científica, as análises estão em andamento e, assim que finalizado, o laudo deverá ser entregue às autoridades solicitantes.
Quem mora ao redor do prédio, conta que a rotina mudou bastante desde o início da tarde daquele dia 13 de maio. Joana Luiza, 67, mora há mais de 40 na área. Ela, que viu as sacadas desmoronarem, conta que ficou com receio de ficar tão próxima do prédio. “A gente não sabe, de fato, como é que está essa estrutura. Então, sempre evito ficar muito perto e correr riscos”, disse.
A moradora relatou ainda que alguns moradores aparecem no prédio, mas apenas para retirar alguns objetos. “Até onde sabemos, nenhum deles pôde voltar por conta do laudo que ainda não saiu. Mas vez ou outro, vemos alguns proprietários entrarem para retirar as suas coisas. Também já foi dito, mas nada confirmado, que pretendem demolir a sacada do outro lado do condomínio para que essa situação não aconteça de novo”, comentou.
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Atualmente, blocos de concretos continuam demarcado a área e bloqueando parte da ciclovia existente em frente ao prédio. O muro atingido pelos escombros das sacadas ainda não foi reconstruído e a entrada e saída de garagem do prédio continua bloqueada. A Prefeitura de Belém, por meio da Comissão Municipal de Defesa Civil, informou que a liberação para o retorno dos moradores se dará pelo Corpo de Bombeiros, após laudo pericial do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves.
EFEITO DOMINÓ
O edifício Cristo Rei, localizado na rua dos Mundurucus, entre a avenida Generalíssimo Deodoro e a travessa Quintino Bocaiúva, é uma edificação construída na década de 1980 e tem 26 apartamentos. Segundos antes do desabamento das sacadas, moradores chegaram a relatar que ouviram um estrondo. O barulho, possivelmente, aconteceu quando a sacada da cobertura se desprendeu do corpo do prédio e, em seguida, foi caindo em cima das outras doze, formando um “efeito dominó”.
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