Nos últimos dias, a história do submarino Tiitan ganhou as manchetes do mundo. O submersível estava desaparecido desde o último domingo (18) e o caso teve desfecho nesta quinta-feira (22), quando as mortes dos cinco passageiros foram confirmadas pela Guarda Costeira dos Estados Unidos.
O submarino estava em uma missão para ver destroços do Titanic. Criado pela OceanGate, ele não tinha GPS, era controlado por controle que se assemelhava a um console de videogame e era uma embarcação experimental que não havia sido aprovada por nenhum órgão regulador.
O caso do submercível fez muita gente lembrar de um submarino encontrado pela Polícia Civil do Pará em 15 de dezembro de 2015, no município de Vigia, no nordeste paraense.
A embarcação estava sendo construída às margens de um igarapé na região do Furo da Laura, no rio Guajará-Miri e seria utilizada para transportar grandes quantidades de droga, em um esquema de tráfico internacional de entorpecentes.
Após ser retirada do igarapé por policiais da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), da Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRCO) e da Delegacia de Polícia Fluvial (DPFlu), a embarcação foi levada inicialmente ao cais da localidade de Porto Salvo, zona rural de Vigia, de onde foi conduzida até a Vila de Penhalonga.
No final da tarde do dia 22 de dezembro, após a retirada de parte do óleo e de garrafões de água que estavam a bordo, o submarino foi conduzido de Vigia à base do Grupamento Fluvial de Segurança Pública (GFlu), localizada na rodovia Arthur Bernardes, em Belém.
O submarino, que tinha cerca de 17 metros de comprimento, três de altura por três de diâmetro, foi projetado para transportar aproximadamente 20 toneladas de carga e comportava uma tripulação de até 30 pessoas. A embarcação passou por uma segunda perícia criminal e depois ficou retida à disposição da Justiça.
A apreensão, inédita na região Amazônica, foi feita por uma equipe da Polícia Civil enviada ao município de Vigia após denúncias anônimas feitas à Delegacia Geral e reforçadas pelo Disque Denúncia, de que uma embarcação estava sendo construída em um braço de rio localizado na região do Guajará-Miri.
As suspeitas são de que a confecção do emissário estava sendo financiada por colombianos ligados a um esquema internacional de tráfico de cocaína. A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Repressão a Entorpecentes, investigou o crime.
Segundo informações da polícia, o submarino seria usado no escoamento de grandes quantidades de drogas para fora do país, possivelmente, com destino aos Estados Unidos e ao continente europeu.
No local onde foi encontrado o submergível havia ainda um estaleiro e um alojamento, indicando que o local servia como base de operações da organização criminosa, formada por pelo menos 15 pessoas.
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