A capital paraense foi palco da abertura dos “Diálogos Amazônicos” nesta sexta-feira (4) no Hangar Centro de Convenções, em Belém (PA), evento, realizado nos dias 4, 5 e 6 desse mês, reunindo 405 eventos dedicados a debater soluções, proteção e o desenvolvimento sustentável da região amazônico.
Diversas autoridades políticas, representantes de entidades e de movimentos sociais e de povos tradicionais da Amazônia participaram da celebração, que iniciou com a apresentação artística de povos quilombolas e indígenas.
Entre as autoridades que participaram do evento estava o governador do Pará, Helder Barbalho, o ministro das cidades, Jader Filho, a deputada federal Elcione Barbalho, o senador Randolfe Rodrigues, o cacique Raoni, o ministro dos Direitos humanos Silvio Almeida e outros.
O governador Helder Barbalho ressaltou sobre como os eventos realizados na capital paraense colocam Belém no cenário mundial da discussão sobre meio ambiente.
"É com orgulho e satisfação que damos o pontapé para que em 2025 Belém seja a capital do mundo das discussões sobre as mudanças climáticas. A partir desse momento, chamamos todos que debatem a Amazônia que ponham os pés no chão e ouçam a voz da nossa gente, um povo lutador que dialoga sobre usa angustias e deseja ser ouvido, a partir da integração do maior bioma do planeta. São 30 milhões de amazônidas que aqui vivem, uma união da floresta com seu povo, que vai apresentar propostas e ideias, mas acima disso, fazer chegar ao planeta os anseios e o olhar que a nossa gente quer para o futuro".
O prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, também participou a cerimônia, ressaltando a importância da data. "Hoje já é um dia histórico, pois foi concluído o primeiro Fórum das Cidades Amazônicas, com prefeitos de cidades dos 8 países da Amazônia Legal. Este encontro elaborou uma carta que propõe a criação de um fórum permanente, como instituição integrada à OTCA. É uma grande vitória, mostrar a importância de ouvir a voz dos amazônidas para a construção de um projeto", afirmou Edmilson. "Como sabemos, a região é rica em biodiversidade, em potencial hídrico, mas muito mais rica quando se fala de diversidade étnica. Não se fala da Amazônia sem os amazônidas".
Também participou da cerimônia a ministra do meio Ambiente, Marina Silva. "Estamos aqui para, após 14 anos que os países da OTCA não se reuniam, após termos enfrentado tempos difíceis de ameaças à democracia, políticas públicas e tudo que faz avançar na defesa da justiça social, agora com os movimentos sociais, ativistas, academia, setor empresarial, todos os segmentos para fazer o diálogo daquilo que são as expectativa da sociedade brasileira".
O evento foi concluído com uma fala do Ministro de Estado Chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Maciel. "Um jornalista amigo meu comentou 'isso aqui tá grande, gigante'. Eu respondi ' é do tamanho da Amazônia e do compromisso que devemos ter com ela'. Ele me respondeu "Mas tá muito sofisticado, com bom gosto'. Eu disse 'quer dizer que pra alguns Estados pode ser sofisticado, mas pra Amazônia não? Quero que saibam que esse evento é sofisticado pois esse é o padrão do compromisso do Lula com a Amazônia".
DIÁLOGOS AMAZÔNICOS
Os “Diálogos” antecedem a “Cúpula da Amazônia”, quando chefes de Estados de países da América do Sul se reúnem para debater sobre o equilíbrio ambiental global. A programação diversificada é dividida entre as “plenárias-síntese”, organizadas pelo Governo Federal, e as “atividades auto organizadas”, formadas por entidades da sociedade civil, instituições de ensino, centros de pesquisa e agências governamentais. Também serão realizadas três plenárias transversais, que terão discussões como extensão dos temas principais do evento, tratando sobre os direitos das mulheres pan-amazônidas, as juventudes, além do racismo ambiental, povos e comunidades tradicionais.
RELATÓRIOS PARA A CÚPULA
Cinco “plenárias-síntese” serão realizadas durante os três dias do evento. Os resultados de cada um desses cinco debates serão base para a produção de cinco relatórios a serem entregues aos presidentes na “Cúpula da Amazônia”, nos dias 8 e 9 de agosto. Os chefes de Estado definirão prioridades a serem levadas a outros fóruns, como a Assembleia-Geral da ONU e a COP-28, realizada esse ano em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.
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