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FENÔMENO ASTRONÔMICO

Noite de Superlua: Saiba onde observar em Belém

Eventos na UFPA e Planetário promovem hoje a "noite de Superlua", que só voltará a ocorrer em 2032.

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Imagem ilustrativa da notícia Noite de Superlua: Saiba onde observar em Belém camera A "Superlua" ou "Lua azul" marca o momento em que o satélite está em aproximação máxima da Terra. | D'angelo Valente

A lua e seus simbolismos permeiam o imaginário das pessoas. Ela aguça os nossos sentidos, tematiza as emoções dos apaixonados, assim como causa a curiosidade no âmbito científico. Maior e mais brilhante que o normal, este que é o único satélite natural da Terra passará por um fenômeno chamado de “superlua” ou “lua azul”, nesta noite de quarta-feira, 30, e amanhã, 31, quando ela estará no perigeu, que significa máxima aproximação da Terra.

Em Belém, os olhares se voltarão para o céu em algumas programações oferecidas para observar o fenômeno com a utilização de telescópios. Mas a superlua poderá ser vista a olho nu em qualquer lugar, caso não chova. No Centro de Ciências e Planetário do Pará, a população poderá visualizar a lua azul das 18h30 às 21h, hoje e amanhã, com entrada gratuita. Outro centro de referência no estado é o Núcleo de Astronomia da UFPA (Nastro), que também disponibilizará telescópios para o público apreciar o fenômeno diretamente da orla do campus no Guamá.

+ Superlua azul poderá ser vista hoje; veja o horário!

+ Planetário do Pará irá promover observação da Superlua

Diretor do Centro de Ciências e Planetário do Pará desde abril deste ano, José Roberto Alves diz que a expectativa é a de atrair um grande público ao local para observação. “Esse fenômeno, de acordo com a própria Nasa, só ocorrerá novamente em 2032, sendo que ele já aconteceu pela primeira vez este ano, no dia 1º de agosto. E como a previsão é de ocorrência entre hoje e amanhã, decidimos fazer nos dois dias seguidos a mesma programação, com os telescópios na área externa, e a possibilidade também de ver os planetas Marte e Saturno, e as constelações”, explica o diretor.

Segundo o Observatório Nacional, em todo e qualquer lugar será possível ver a superlua. “Diante de pouca ausência de chuva, será possível visualizá-la a olho nu de qualquer lugar do estado. A meteorologia tem informado que não descarta a ausência de chuvas e isso pode atrapalhar, mas creio que será possível visualizar em todo o país”, comenta José Roberto.

A programação do Planetário tem o objetivo de aproximar o público da astronomia. “É uma oportunidade de visualização mais próxima desse evento com o telescópio, além de incentivar estudos e entusiastas, porque muitas pessoas acabam adquirindo seus telescópios em casa”, diz José Roberto, lembrando que a observação do céu noturno já é um evento de rotina do Planetário, sempre das 18h30 às 21h, sem agendamento. “A gente avisa pelas redes sociais (@planetariodopara), organiza as pessoas em filas para acompanhar e tira as possíveis dúvidas que possam surgir”, explica o professor.

SUPERLUAS

O professor Jorge Castiñeiras Rodríguez, vice-coordenador do Nastro, explica que o termo “lua azul” não significa a mudança de cor dela. “As superluas são, simplesmente, as maiores e mais brilhantes luas cheias do ano. Ao longo do ano, cada lua cheia tem um tamanho e um brilho ligeiramente diferentes das outras. Isso acontece porque a trajetória da Lua em torno da Terra não é uma circunferência e sim uma elipse (que é uma circunferência alongada) e a Terra não fica no centro da elipse e sim em um dos seus focos”, detalha.

Dessa forma, lembra Rodrígues, a distância Terra-Lua muda o tempo todo desde o ponto da trajetória da Lua mais distante da Terra, chamado de apogeu (a 405.000 km), até o ponto mais próximo, chamado de perigeu (a 362.000 km). “Cada lua cheia do ano acontece num ponto diferente da órbita da Lua. Aquelas duas ou três luas cheias consecutivas que acontecem muito próximo do perigeu são chamadas de superluas. As que acontecem próximo do apogeu são chamadas de microluas. Para ter uma ideia, as superluas chegam a ser por volta de 14% maiores, no céu, do que as chamadas microluas e o brilho chega a ser 30% maior”, compara.

SOB O LUAR

Observações astronômicas – Nastro (UFPA)

Quando: Hoje, 30, das 18h às 21h.

Onde: Orla da Universidade Federal do Pará (UFPA), no Campus Universitário do Guamá, Setor Básico (em frente ao prédio Mirante do Rio).

Quanto: Gratuito

Centro de Ciências e Planetário do Pará

Quando: Hoje, 30, e amanhã, 31, sempre das 18h30 às 21h.

Onde: Centro de Ciências e Planetário do Pará (Av. Augusto Montenegro, s/n - Km 03 - Mangueirão, Belém)

Quanto: Gratuito

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