A palestra de Tony Blair, ex-primeiro-ministro da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte, é um dos destaques do segundo dia da “Conferência Internacional Amazônia e Novas Economias”, que ocorre em Belém.
Embora Blair ter afirmado em 2016 que não descartaria voltar à política, usou a oportunidade na capital paraense para enfaticamente dizer que hoje não estuda essa possibilidade e mudou o tom da conversa elogiando a Amazônia, e principalmente Belém.
“Nós estamos aqui em Belém, onde será realizada a COP 30. A propósito, é a primeira vez que venho aqui. É um belíssimo estado. O evento em 2025 será um grande feito. Os países desenvolvidos criaram o problema das mudanças climáticas, então a responsabilidade está nas mãos dos países desenvolvidos do norte global. No entanto, as emissões de gases desses países estão diminuindo. Os países em desenvolvimento não criaram o problema, entretanto, na medida em que as emissões dos países desenvolvidos começaram a subir, as dos países em desenvolvimento também começaram a subir. Uma questão crítica é como conseguir criar essa transição energética nos países.”
Sobre medidas e cuidados com o clima, Blair esmiouçou o cenário global pela ótica dos países desenvolvidos.
“Eu não acredito que haja uma mudança de postura dos países. O que muda as circunstâncias é que nós temos um problema com o custo de vida nos países europeus. Não é que as pessoas não se importem com as questões climáticas, mas se você está tendo que administrar a situação para que seu povo tenha um custo de energia razoável, você vai se voltar aos meios de energia mais em conta. Podemos observar que as condições climáticas estão mudando, com diversos incêndios e altas temperaturas. Então, acho que as pessoas entendem, mas os políticos irão primeiro buscar resolver a questão do pagamento da energia pelas pessoas.”
Mudanças climáticas: resistência dos países em assinar o Acordo de Paris
“Eu não acredito que haja uma mudança de postura dos países. O que muda as circunstâncias é que nós temos um problema com o custo de vida nos países europeus. Não é que as pessoas não se importem com as questões climáticas, mas se você está tendo que administrar a situação para que seu povo tenha um custo de energia razoável, você vai se voltar aos meios de energia mais em conta. Podemos observar que as condições climáticas estão mudando, com diversos incêndios e altas temperaturas. Então, acho que as pessoas entendem, mas os políticos irão primeiro buscar resolver a questão do pagamento da energia pelas pessoas”, finalizou.
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