Um recente levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos no Pará (Diesse/PA), com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego, revelou que o Estado acumulou um saldo positivo na geração de empregos formais nos primeiros oito meses de 2023, com mais de 42 mil novos postos de trabalho.
Para entender melhor, o Dieese/PA analisou informações recentes do Caged, provenientes de uma pesquisa realizada em toda a extensão do território paraense. Dito isto, o balanço mostra que de janeiro a agosto deste ano, foram efetuadas 306.434 contratações, em comparação com 264.081 demissões, resultando em um saldo positivo de 42.353 oportunidades no mercado de trabalho.
Apesar do mercado ainda estar em fase de recuperação, o setor de Serviços liderou as contratações, com um saldo positivo de mais de 15 mil empregos formais, nos quais empregadores e empregados passaram a seguir as leis trabalhistas regidas pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Em seguida, destacam-se os setores da Construção Civil (7.708) e da Indústria (11.979).
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ECONOMIA AQUECIDA
De acordo com o supervisor técnico do Dieese/PA, Everson Costa, o panorama de empregos no Pará reflete uma série de investimentos e o processo de retomada econômica em todo o país. “O Estado está em décima posição como um dos que mais geram emprego entre todas as demais unidades da federação no ano de 2023. Em julho foi o quinto e em agosto ficamos em nono”, explica.
“O mercado de trabalho é um termômetro da economia. Então quando você tem todos os macro setores - Comércio, Serviço, Construção, Indústria e Agropecuária - apresentando saldos positivos de empregos formais, mostra que a nossa economia vem dando respostas. Há uma previsão de investimentos no setor da Indústria de cerca de R$ 55 bilhões até 2027, ou seja, mais mão de obra”, acrescenta o supervisor técnico Everson Costa.
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DISTRIBUIÇÃO
Considerando ainda os números atuais, 75% dos 144 municípios paraenses apresentaram saldos positivos, enquanto 1% permaneceu estável e 23% registraram queda na geração de emprego. As regiões do interior do Estado foram responsáveis por cerca de 73% de todos os empregos formais gerados no Pará, totalizando 203.283 contratações, contra 172.129 desligamentos.
Por outro lado, algumas localidades enfrentaram reduções no mercado de trabalho, com destaque para Óbidos, que liderou a lista com um saldo negativo de 800 vagas perdidas. Na sequência, estão Marituba (-598), Bonito
(-448), Almeirim (-391), Ipixuna (-234), Moju
(-234), Curionópolis
(-214), São Miguel do Guamá (-160), Acará (-147) e Peixe Boi (-145).
Contudo, há previsões de crescimento nos próximos meses. “O segundo semestre tem o Círio de Nazaré, Dia das Crianças, Black Friday e as festas de fim de ano. São comemorações que fortalecem, principalmente, o giro de capital. Essa movimentação é importante, sobretudo, para o setor de Serviços que hoje é o maior empregador no Pará”, afirma o supervisor.
Everson também menciona o pagamento da primeira parcela do 13º salário dos servidores estaduais, totalizando mais de R$ 300 milhões no Pará. “É um recurso que vai alavancar não só o emprego com carteira assinada, como também as chamadas oportunidades de emprego temporário. Estima-se que entre 20 a 30% dos trabalhadores temporários possam ser efetivados”, conclui.
42 mil
É o saldo positivo de postos de trabalho gerados no Pará nos oito primeiros meses do ano de 2023. Os dados são do Caged/MTE.
15 mil
desses postos de trabalho foram gerados no setor de Serviços, segundo o estudo feito pelo Dieese.
75%
dos 144 municípios paraenses registraram saldo positivo no referido período levantado.
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