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ATIVISTA AMBIENTAL

Indígena é achado morto no Pará após fazer denúncia na ONU

O líder indígena Tymbektodem Arara foi encontrado morto em 14 de outubro, duas semanas após denunciar na ONU a invasão da Terra Indígena Cachoeira Seca, em Altamira, no sul do Pará.

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Imagem ilustrativa da notícia Indígena é achado morto no Pará após fazer denúncia na ONU camera Tymbek Arara foi encontrado morto dias após fazer denúncia grave na ONU e caso segue sendo investigado pela PF | Reprodução

No coração da Amazônia, é dura a realidade enfrentada pelos povos indígenas que vivem conflitos constantes com posseiros, fazendeiros, extrativistas, madeireiros, garimpeiros e outras pessoas que visam obter lucro com base no uso ilegal ou irregular da terra e da floresta. Não raro, esses atritos terminam de forma violenta contra ativistas.

Desta vez, é possível que as denúncias tenham resultado em mais uma vítima: um líder indígena da etnia Arara foi encontrado morto duas semanas depois de discursar na Organização das Nações Unidas (ONU), em Genebra, na Suíça, onde denunciou a invasão da Terra Indígena Cachoreira Seca, em Altamira, no sul do Pará.

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De acordo com informações da Polícia Federal do Pará, o caso está sendo investigado, porém mais detalhes não foram repassados. O indígena Tymbektodem Arara, mais conhecido apenas como Tymbek, morreu no dia 14 de outubro por um suposto afogamento. Ele esteve na ONU em 28 de setembro, onde discursou em uma sessão do Conselho de Direitos Humanos da entidade.

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Tymbek era o linguista da etnia Arara, um povo que apenas teve contato com pessoas não-indígenas há pouco tempo. Durante o discurso nas ONU, ele chegou a afirmar que os Arara são um "povo de contato inicial" e exigiu respeito para a preservação do território.

"Viemos aqui para exigir que se respeite nossa vida e nosso território. Sofremos muitas invasões. A demarcação só ocorreu 30 anos depois do contato com os não indígenas, em 2016", disse Tymbek na ONU.

MORTE

Existem duas versões para a morte de Tymbek. Em comum, as duas relatam que ele estaria acompanhado de dois ribeirinhos em uma pequena embarcação no Rio Iriri, em Altamira.

Na primeira versão, o indígena estaria alcoolizado e pulou no rio para nadar e não conseguiu retornar à superfície. Já a segunda aponta que ele pode ter sido jogado pelos ribeirinhos na água e, pelo estado alcoólico, não conseguiu nadar e se afogou.

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