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ONDA DE CALOR

Calor extremo afeta municípios do Pará

Nos últimos dias, pelo menos nove cidades das regiões Sul e Sudeste tiveram temperaturas até 5 graus acima da média, em uma tendência cada vez maior de clima extremo.

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Imagem ilustrativa da notícia Calor extremo afeta municípios do Pará camera Clima está cada vez mais quente devido a influência de fenômenos como o El Niño e as mudanças climáticas | FOTO: Wagner Santana

O calor extremo, com temperaturas de até 5 graus acima da média, afetou, nos últimos dias, pelo menos nove municípios da região Sul e Sudeste do Pará. Diante da forte onda de calor que atinge o Brasil, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu o alerta vermelho de “grande perigo” em diferentes estados e essa área do Pará foi incluída no alerta. O pico ocorreu na semana que passou, mas, antes disso, em setembro, a mesma região recebeu alerta amarelo para 17 cidades. Essa onda atingiu 2.707 cidades do país, ou mais da metade da população, afetando mais de 116 milhões de brasileiros.

Meteorologistas e climatologistas indicam que, com a influência de fenômenos globais como o El Niño e com o agravamento das mudanças climáticas, ondas de calor extremo estão cada vez mais presentes no Brasil. Belém, por exemplo, teve pico de 34 graus nos últimos dias e a temperatura alta deve permanecer, segundo o Inmet.

O calor excessivo na maioria das regiões do país pode estar relacionado ao “domo de calor”, fenômeno marcado pelo aprisionamento de uma grande massa de ar quente numa determinada região, que impede a chegada de frentes frias ou chuvas e faz os termômetros subirem drasticamente. De acordo com o Inmet, o fenômeno El Niño altera os padrões de circulação atmosférica (ventos), transporte de umidade, temperatura e chuvas, em particular em regiões tropicais.

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“Os típicos impactos do fenômeno El Niño no Brasil incluem aumento da probabilidade de ocorrência de déficit de chuvas e aumento das temperaturas em parte das regiões Norte e Nordeste, e aumento da probabilidade de excesso de chuvas em partes da região Sul”, informa o Instituto Nacional de Meteorologia.

De acordo com o Instituto, a temperatura média atingiu recorde no Brasil pelo quinto mês seguido. As temperaturas ficaram acima da média histórica em julho, agosto, setembro, outubro e até a segunda quinzena de novembro, segundo o Inmet que vem realizando uma análise meteorológica específica para o Brasil, utilizando dados de temperatura média do ar das estações meteorológicas espalhadas por todo o território nacional.

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O pico da onda de calor acontece quando o fenômeno atinge a maior abrangência, isto é, com o maior número de estados impactados pela massa de ar seco. Durante esse período também são registradas as temperaturas mais altas.

A meteorologista do Climatempo, Maria Clara Sassaki, explica que, após o pico da onda, as temperaturas começam a baixar gradualmente. “As temperaturas devem começar a baixar pelo estado de São Paulo e, até o início da semana que vem, amenizar no restante do Brasil”, prevê.

Apesar do calorão dos últimos dias, a previsão climática para o Brasil para o restante do mês de novembro e dezembro, e ainda de janeiro de 2024 indica maior probabilidade de chuva abaixo da faixa normal entre o Leste, Centro e na faixa Norte do Brasil, com maiores probabilidades sobre alguns pontos dos estados do Pará, Amazonas, Maranhão, Piauí e Bahia.

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