Nos últimos dias, a possível reabertura do Lixão do Aurá para ser o destino dos resíduos sólidos da Região Metropolitana de Belém (RMB), após o fechamento das atividades do Aterro de Marituba, causou uma repercussão negativa em diversos setores da Região Metropolitana de Belém. Porém, e os moradores das proximidades do Lixão? Como eles veem essa possível retomada?
Para entender melhor isto, o DOL conversou com essas pessoas para entender suas perspectivas e como estão recebendo a notícias do possível retorno das atividades. O tema é polêmico, afinal durante os anos em que operou, algumas dezenas de catadores utilizavam a coleta no Lixão do Aurá para se sustentarem.
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Taiane Alves, de 20 anos, mãe de 4 filhos, afirmou que vê na volta das operações uma oportunidade de aumento de renda. “Eu trabalhei desde os meus 10 anos de idade aqui, eu e minha mãe. Eu tirava a minha renda com o dinheiro da reciclagem. Por isso que eu acredito que vai ser uma melhora, que vai ajudar mais na renda da minha família”, contou
O mesmo é compartilhado por outra moradora, que prefere não se identificar, conta que trabalhou desde os meus 9 anos dentro do lixão. “Eu acho que esse lixão ajuda e ajudou muitas famílias que necessitam do trabalho daqui. A minha mãe é uma. Até hoje, ela sustenta a minha irmã com o dinheiro que ganha aqui dentro. É sofrido, mas é o “ganha pão de muitas famílias”, completou.
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Por outro lado, João Santos, 58 anos, que trabalha em uma cooperativa em frente ao lixão, lembra que conseguia até R$300 mensalmente com a coleta, mas precisou parar quando o local deixou de receber lixo doméstico. Apesar de ser uma alternativa de renda, ele expressa sua preocupação com a possível retomada. “Com o lixão funcionando de forma total, vai aumentar a quantidade de lixo, fumaça e fedor de chorume, o que prejudica a saúde e o meio ambiente”, se conscientizou.
Impactos ambientais e riscos à Saúde Pública
A possível reabertura do Lixão do Aurá levanta sérias preocupações quanto ao impacto ambiental, especialmente em relação ao aumento da quantidade de lixo, emissões de gases tóxicos e contaminação do solo. Isso pode resultar em consequências adversas para a saúde da comunidade e para o ecossistema local.
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Além disso, a retomada das atividades no Lixão do Aurá pode representar um risco significativo à saúde pública devido a liberação de poluentes no ar e à contaminação da água próxima. O aumento da quantidade de resíduos pode intensificar problemas respiratórios e outras condições de saúde, afetando diretamente os moradores das proximidades e a comunidade em geral.
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