No sétimo dia de programação da COP28, o Governador do Estado do Pará, Helder Barbalho, ouviu demandas da sociedade civil organizada e apresentou o balanço do 1⁰ ano de aplicação do Plano de Bioeconomia do Estado, o PlanBio. A 28ª edição da Conferência do Clima das Nações Unidas (COP28) teve início no último dia 30 de novembro, em Dubai, nos Emirados Árabes, e segue com participação intensa da delegação do Estado do Pará.
Lançado em 2022, durante a realização da COP27, no Egito, o Plano Estadual de Bioeconomia fechou o primeiro ano de atuação impactando positivamente mais de 67 mil pessoas, chegando a 48% das 92 ações previstas já realizadas. Ao todo, 72 projetos ligados ao plano são executados e 38 mil pessoas já foram capacitadas. O balanço do impacto positivo já causado pelo plano foi apresentado durante o painel ‘Plano estadual de bioeconomia do Pará: 1 ano de avanços e caminhos percorridos’, realizado no Consórcio Amazônia Legal na COP 28, em Dubai.
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Na ocasião, Helder Barbalho ressaltou a importância de se fazer essa prestação de contas e de buscar avançar ainda mais na agenda da bioeconomia no Estado. “É muito importante que nós possamos avançar no amadurecimento de uma nova economia para o Estado, a bioeconomia. Ano passado lançamos, em Sharm El Sheik, há um ano atrás, o Plano Estadual de Bioeconomia, o primeiro plano brasileiro com o conceito, com os desafios e acima de tudo apontando essa estratégia de economia verde. Neste momento, estamos fazendo a apresentação do balanço, do envolvimento da sociedade, da quantidade de recursos, operações e oportunidades que puderam ser incrementados a partir dessa iniciativa”, considerou.
“Isso é fundamental. Valorizar a floresta, valorizar a biodiversidade e é isso que nós estamos apresentando, aqui, hoje lançando. Este balanço para que a sociedade possa conhecer os avanços. Mas ainda temos muita jornada, afinal, é algo muito novo. Precisa aquecer cada vez mais para que se consolide como uma nova vocação do Estado”.
AGENDA
Seguindo com a agenda oficial da COP28, o Governador Helder Barbalho ainda participou, nesta quarta-feira (06), de um painel com o setor empresarial da indústria em que pode discutir a atuação do segmento empresarial para uma economia de baixo carbono, rumo à COP30. Em diálogo com a sociedade civil, o governador também recebeu representantes da juventude do Estado do Pará, que entregaram uma carta em que apresentam propostas e medidas voltadas para o estabelecimento de um caminho que leve ao desenvolvimento sustentável, mas que também seja inclusivo para a juventude, a partir da cooperação entre a sociedade civil e o Governo do Estado.
“A agenda do dia de hoje (ontem) no diálogo com a sociedade, com a juventude, com os povos indígenas e também com a produção industrial do Estado do Pará e a produção industrial do Brasil e a convocação de que empresários, aqueles que queiram investir na floresta, possam estar junto com a gente na construção de uma floresta cada vez mais forte com o oportunidades que gerem empregos verdes para que nós consigamos conciliar o desafio ambiental com o desafio social e o desafio econômico”.
PRÉ-COP
Durante o diálogo com a juventude, ocorrido na sala do Consórcio da Amazônia na COP28, o Governador do Pará anunciou que pretende realizar uma “pré-COP”, em 2024. A ideia é fazer um evento voltado à juventude e aos movimentos sociais para que se possa debater os temas relacionados ao meio ambiente um ano antes da COP 30.
Cofundadora e diretora executiva do Instituto Cojovem, Karla Braga comemorou o fato de ter conseguido entregar a carta da juventude ao governador do Estado. “A gente vem de um processo de dois anos de acúmulo de desenvolvimento de pesquisa, análise de políticas públicas e entendimento do cenário para a juventude na perspectiva climática no Estado do Pará e o que a gente percebeu é que a gente tem um estado de fragilidade. Então, em reunião com o governador a gente estava traçando planos e estratégias para que a gente possa virar essa maré a favor das juventudes, claro, em cooperação entre a sociedade civil e o governo do estado”, considera. “Falar de juventudes e falar de floresta de pé é, sobretudo, falar de cidades resilientes e sustentáveis, e de juventude de pé, que possam estar fortalecidas com suas políticas públicas e construindo um legado de verdade não só rumo à COP30, mas que possa deixar um legado para as próximas gerações”. (A repórter viajou a convite do Instituto Clima e Sociedade – ICS).
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