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ALERTA DE SAÚDE

Sesma registra aumento nos casos de dengue em Belém

Até a última semana, segundo a Secretaria Municipal de Saúde de Belém, na capital paraense foram 380 casos de dengue confirmados, um aumento de 33,72% em relação ao mesmo período do ano passado.

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Imagem ilustrativa da notícia Sesma registra aumento nos casos de dengue em Belém camera O mosquito Aedes aegypti é transmissor da dengue, zika e febre chikungunya, doenças que exigem atenção constante da saúde pública e da população brasileira. | Jader Paes/Agência Pará

Segundo o Ministério da Saúde, entre abril e setembro deste ano, as ações adotadas em parceria com secretarias estaduais e municipais de Saúde culminou na queda de 97% do número de casos de dengue notificados no Brasil. No país, desde 2000, o Aedes aegypti é responsável por cerca de 20 milhões de diagnósticos de três doenças: dengue, chikungunya e zika vírus.

No Pará, de acordo com o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), até o dia 6 de novembro de 2023, cerca de 4.084 casos de dengue foram confirmados. Ainda segundo o boletim mais recente, os municípios com os maiores números de casos são: Parauapebas, com 380 casos confirmados e 1570 notificações; Belém, com 359 casos confirmados e 951 notificações; Altamira, com 330 casos confirmados e 845 notificações e; Afuá, com 210 casos confirmados e 361 notificações.

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No entanto, até a última semana, segundo a Secretaria Municipal de Saúde de Belém (Sesma), na capital paraense foram 380 casos de dengue confirmados, um aumento de 33,72% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados 216 casos. Já no caso da chikungunya, neste ano foram 11 registros e, em 2022, foram contabilizados 12 casos. Em relação ao zika vírus, a Sesma informou que não houve nenhum caso confirmado da doença nos últimos dois anos.

Ainda segundo a secretaria, em 2022, foram 167 casos confirmados de dengue e, no período não chuvoso, foram 51 casos. Comparando o período chuvoso, houve um aumento de 68,26% em relação ao ano de 2022.

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Na capital paraense, os bairros com maior incidência de casos das doenças são Guamá, Jurunas, Condor e Marambaia. O chefe da Divisão de Controle de Endemias da Sesma, Alberto Rodrigues, explica o motivo do aumento de notificações. “No período da pandemia, muitos casos foram subnotificados. Agora que as pessoas estão procurando as unidades de saúde e os casos voltaram a ser notificados”, ressalta.

ALERTA

Rodrigues ainda comenta que no último Levantamento Rápido de Índices para o Aedes aegypti (LIRAa), Belém despontou em situação de alerta referente a depósitos de dengue. “A maior incidência de mosquitos era em depósitos, móveis, vasos de plantinhas e demais utensílios usados nas

residências”, conta.

Moradora do bairro do Guamá, Dilma Aguiar, 56, que já foi infectada pelo vírus da dengue, comenta que toma todos os cuidados necessários dentro de casa com acúmulo de água. Mas também denuncia que o lixo acumulado na calçada do cemitério Santa Izabel, na avenida José Bonifácio, é um ambiente propício para a proliferação dos mosquitos.

“Com esse tempo de chuva, no meio da semana, é muito lixo que fica aqui, de todos os tipos. Até animais mortos também jogam. Isso é um perigo. Mas isso é dar murro em ponta de faca, sempre

foi assim”, completa.

A comerciante Rosângela do Socorro, de 53 anos, também afirma que faz sua parte, tanto na sua residência quanto em sua loja de roupas: água parada, nem pensar. “Fui infectada há muito tempo e fiquei muito mal. Então, nada fica entulhado por aqui. Os agentes de saúde também vêm, dão orientação e fazem o serviço deles. Mas esses lixos na rua, é uma ‘bênção’!”, disse.

Em função disso, a conscientização e colaboração de todos é uma ferramenta tão importante quanto as ações de orientação da secretaria. Rodrigues reforça que a Sesma tem realizado ações de educação e saúde junto à população, orientando sobre os meios de evitar a proliferação, como descartar o lixo corretamente e intensificando as visitas nos bairros que registram o maior número de casos. “Também realizamos mutirões de orientação aos fins de semana, dando uma atenção especial a esses bairros com maior incidência de casos, principalmente neste período de inverno amazônico”.

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