Pessoas em situação de rua, migrantes e refugiados precisam de acolhimento e apoio dos órgãos públicos. Em Belém, estes serviços são feitos pela Casa Rua, instituição que faz parte da Secretaria Municipal de Saúde (Semas).
Na tarde desta segunda-feira (22), a Prefeitura da cidade emitiu uma nota de repúdio a um desenho de uma suástica, símbolo nazista, na fachada da instituição. De acordo com o texto, o desenho foi feito recentemente sendo visto como um ataque aos serviços prestados pela Casa Rua.
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Além disso, foi informado que a Semas já tomou as devidas providências jurídicas contra o crime imputável. Aproveitando a ocasião, a Prefeitura de Belém também reafirmou o compromisso do Sistema Único de Saúde (SUS) em promover rodas de conversa, aulas e palestras sobre voltadas para o combate de atos extremistas na área da saúde.
LEIA A NOTA NA ÍNTEGRA:
Recentemente uma suástica foi desenhada na fachada da Casa Rua, Centro Especializado em Populações em Situação de Rua, Migrantes e Refugiados componente da rede municipal de saúde em Belém. Diante disso, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) declara repúdio a quaisquer manifestações e atos extremistas e de apologia à violência em seus serviços, informando à sociedade que já tomou as providências jurídicas cabíveis para apuração deste ato imputável criminalmente.
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A pandemia e a série de convulsões sociais que abalaram o país e o mundo nos últimos anos agravaram um quadro já crítico de violência que opera com pior gravidade sobre determinadas populações, com aumento populacional de migrantes e refugiados, assim como pessoas em situação de rua em cenários dramáticos, onde a sombra da morte, do extermínio e do estado de exceção parece pairar perene. A violência perpetrada possui raça, classe e gênero e são comunidades afroindígenas, mulheres e jovens que seguem como alvo de forças paramilitares, milícias e mesmo com apoio de grupos minoritários.
A Sesma reafirma o compromisso do Sistema Único de Saúde (SUS) com o fortalecimento da democracia e com a defesa da vida e convida à sociedade para a aula pública seguida de roda de conversa “Violência e linguagens nos territórios: por um SUS antifascista!”.
Aula pública e Roda de Conversa
O evento “Violência e linguagens nos territórios: por um SUS antifascista!” integra a programação de lançamento do programa Família Mais Saudável na cidade e na ocasião serão acolhidos os Agentes Comunitários de Saúde (ACSs) do complexo do Ver-o-Peso, marcando o início da Estratégia Saúde da Família em um território símbolo da história da capital paraense e também da presença continuada da violência contra indígenas, negros, ribeirinhos e toda uma população portuária que encontra suas raízes na colonização e tem como marco pétreo a urbe fundada ao redor de um forte militar.
A chegada dos ACSs no território contribuirá para o cuidado à toda população do complexo do Ver-o-Peso, reforçando a força de serviços já historicamente atuantes junto a pessoas em situação de rua, como as equipes de Consultório na Rua e a Casa Rua.
Convidamos a comunidade do complexo do Ver-o-Peso e a sociedade em geral para uma atividade de roda de conversa, nesta terça-feira, 23, a partir das 16h, no auditório do Mercado Francisco Bolonha. A atividade contará com apoio acadêmico do projeto Externato: Atenção Integral à Saúde das Populações em Situação de Rua, Migrantes e Refugiados, da Faculdade de Medicina da UFPA.
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