Na agrovila “3 de Outubro”, em Castanhal (PA), o produtor rural Ronaldo Ferreira da Silva, de 40 anos, conhece bem a importância do seu papel para a bioeconomia paraense. O Ronaldo faz parte da comunidade de famílias de produtores de malva que participam de projetos de incentivo produtivo oferecidos pela Castanhal, indústria de produtos têxteis de fibras naturais da Amazônia. “Antes, para mim, a malva era mato, hoje eu a enxergo como uma fonte de renda importante para a minha família”, afirma. Segundo ele, a produção das sementes que dão origem à fibra natural é feita em área de um hectare que estava perdida na sua propriedade rural. “Eu comecei a trabalhar com o manejo de malva custeado há um ano. A última colheita rendeu R$9 mil para a minha família. Neste ano, eu espero dobrar esse valor”, ressalta Ferreira da Silva.
De acordo com Hélio Junqueira Meirelles, Diretor da CTC – Companhia Têxtil de Castanhal, o “Dia Mundial da Educação Ambiental”, instituído pela Unesco é comemorado em 26 de janeiro, é uma data oportuna para reforçar o compromisso da empresa com um mundo mais sustentável. “A educação ambiental é um tema transversal nas atividades realizadas junto às famílias agricultoras locais. Essa é uma das formas de aliar as atividades desenvolvidas em todo o ciclo produtivo a práticas sustentáveis, como a priorização de áreas degradadas para o plantio de campos de sementes”, explica o executivo.
Outra ação de sustentabilidade adotada pela Castanhal é a implementação da mecanização agrícola no preparo de área em detrimento ao uso de fogo, além da proibição de uso de defensivos químicos nas áreas incentivadas. “Desenvolvemos um projeto de produção de sementes junto aos produtores que receberam capacitação para profissionalizar a atividade extrativa, garantindo uma remuneração mais justa a eles”, ressalta Meirelles. A expectativa, segundo ele, é investir em outras iniciativas que contribuam na construção do progresso econômico pautado na conservação ambiental das áreas usadas pela companhia para o cultivo de malva e juta. “Em 2024, teremos a implementação do Programa de Desenvolvimento de Fornecedores com vários ciclos de palestras, oficinas, treinamentos e campanhas destinados ao público da agricultura familiar”, afirma o executivo.
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A empresa, que atua desde 1966, é fixadora de carbono no Pará. Na última década, a Castanhal capturou mais de 18 mil toneladas de CO² da atmosfera, mostrando na prática como uma atividade que gera desenvolvimento econômico para populações da região amazônica também pode ser ambientalmente sustentável.
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Sobre a Castanhal
A Companhia Têxtil de Castanhal - CTC, ou apenas Castanhal, fabrica produtos têxteis feitos de malva e juta, fibras naturais da Amazônia, desde 1966. Com fábrica no município de Castanhal (PA) e filiais em Manacapuru (AM) e São Paulo (SP), a empresa produz sacaria agrícola, ecobags, fios para artesanato, fios para as indústrias de calçados, tabaco, decoração, moda e diversas outras. Entregando produtos de valor agregado produzidos na região amazônica, a Castanhal incentiva o desenvolvimento econômico conectado à preservação ambiental, atuando como geradora de renda para milhares de pessoas. Atualmente, a companhia emprega diretamente mais de 1.100 colaboradores e trabalha em parceria com cerca de 7.000 produtores rurais e suas famílias nos estados do Pará e Amazonas.
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