O Ministério da Saúde decidiu antecipar a campanha de vacinação contra a gripe, que geralmente tem início em meados de abril, para o dia 25 de março devido ao aumento da circulação de vírus respiratórios no país. A medida vale para todas as regiões do Brasil, menos a Norte, onde a imunização ocorre no segundo semestre devido às particularidades climáticas que influenciam a disseminação do influenza na região.

O Instituto Butantan, em São Paulo, responsável pela produção das vacinas utilizadas na campanha brasileira, disse que 5 milhões de doses iniciais foram entregues e as demais 70,2 milhões serão enviadas ao Ministério até abril. Ao todo, foram acordadas 81,8 milhões de aplicações. Outras 6,6 milhões serão entregues em setembro para a vacinação na região Norte.

“Desde o ano passado, estamos observando uma antecipação de circulação de vírus respiratórios em geral. Então, esse ano nós vamos antecipar a campanha para proteger a população, principalmente os idosos, as gestantes, os profissionais de saúde, da educação e todas as pessoas que são elegíveis, para que a gente possa estar com a população protegida antes do inverno”, explicou a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, em comunicado.

GRUPOS

A campanha de vacinação contra a gripe na rede pública no Brasil é destinada a grupos considerados prioritários por terem maior risco de contrair a infecção e evoluir para um quadro grave. Juntos, o Ministério espera que 75 milhões de brasileiros sejam imunizados.

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A vacina é administrada anualmente em dose única. A exceção são as crianças que vão receber o imunizante pela primeira vez. Nesse caso, são necessárias duas doses, aplicadas com um intervalo de 30 dias entre elas.

A dose da gripe pode ser administrada na mesma ocasião de outras vacinas, como a da Covid-19. A proteção é importante para evitar hospitalizações e óbitos. De acordo com estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), anualmente entre 5% e 10% da população mundial é infectada pelo influenza, e até 650 mil pessoas morrem.

“A vacinação contra influenza é de extrema importância, sobretudo para idosos e pessoas com algum tipo de comorbidade. O vírus influenza ainda causa preocupação devido à capacidade de adaptação, além de facilitar as complicações para outras síndromes respiratórias. Antecipar os lotes desta vacina ao Ministério da Saúde, reforça o compromisso do Butantan com a saúde pública da população brasileira”, afirma o diretor do Instituto Butantan, Esper Kallás, em nota.

A vacina utilizada na rede pública é trivalente, ou seja, fornece proteção contra três cepas do vírus, as de maior circulação. Anualmente, ela é atualizada para contemplar as versões de maior atenção, seguindo recomendações da OMS.

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