Os jogos terapêuticos desempenham um papel significativo no campo da terapia, pois oferecem uma abordagem lúdica e envolvente para lidar com uma variedade de questões emocionais, psicológicas e físicas. 

A fonoaudióloga Carol Araújo, de 39 anos, conta que sempre gostou de criar brinquedos, jogos e maquetes, e após começar a trabalhar como fono, ela sentiu a necessidade de ter jogos mais específicos para os pacientes. Após isso criou um perfil no Instagram onde começou a compartilhar as criações, logo depois criou também um site onde disponibiliza alguns desses jogos de forma gratuita. 

Tudo isso com o intuito de ajudar os pacientes que são crianças que têm dificuldades de encarar uma terapia. “Sabemos que estão vulneráveis, permitindo que a gente acesse algo que elas não fazem tão bem, pelo qual já sofreram bullying, muitas vezes possuem baixa auto estima e estão ali para nós as ajudarmos”, disse Carol Araújo, que tem pós em Neuropsicopedagogia e Psicopedagogia, sobre o uso dos jogos na terapia. 

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E, que também trabalha desenvolvendo jogos para terapeutas e pais, contou como trabalha com os jogos durante as sessões de terapia que podem durar meses ou até anos com uma mesma criança, e por isso precisa ter sempre uma motivação diferente para eles, materiais novos para que a criança mantenha o interesse no tratamento. 

Jogo terapêutico
📷 Jogo terapêutico |(Foto: Reprodução / Redes sociais)

“Se atendo por exemplo uma criança que não fala ainda o fonema R, vou trabalhar várias sessões pedindo que o mesmo fale e faça os exercícios, e crianças cansam  rapidamente dos materiais, sendo necessário variação desses jogos, para continuar com o que engajamento deles e também mantê-los felizes fazendo algo que é complicado pra eles”, relatou a fonoaudióloga. 

Para ela, a criação dos jogos é motivada pelo respeito que tem com os pacientes, e a vontade de proporcionar um momento diferente para os pacientes, além de ajudar outros terapeutas e pais a estimular a criança. 

A fonoaudióloga atende crianças de diversas idades, desde a criança com 2 anos que não fala, aquelas que falam errado e ainda aqueles que têm dificuldade na escrita. 

Por isso que para Carol é importante sempre estar inovando nos jogos. “ Por isso precisamos de tantos materiais e é algo que consigo fazer por exemplo no meu clube, 12 materiais inéditos todos os meses, criados do zero, com embasamento e ilustrados. Para quem atende crianças de qualquer idade, sempre vai ser maravilhoso ter mais recursos para mantê-las motivadas”. 

E finalizou dizendo como esses jogos ajudam na terapia das crianças. “Brincar é fundamental e terapêutico, através das brincadeiras a gente acessa a criança de uma forma respeitosa, gentil e eficiente para alcançar nossos objetivos no consultório”. 

Os jogos criados pela fonoaudióloga Carol Araújo ganharam grande repercussão e hoje profissionais do Brasil inteiro e até mesmo fora do país utilizam o material disponibilizado por ela nas sessões de terapia. 

REPÓRTER: Thayná Coelho

"Thayná Coelho é formada em jornalismo, mãe de uma princesa, gosta de trocar dicas de maternidade, escrever sobre saúde, entretenimento e política. Amo futebol, sou torcedora do Clube do Remo e fã de Harry Potter".

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