Segunda cidade mais populosa do Pará com 478 mil habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Ananindeua tem na ausência do saneamento básico um dos graves problemas, que só vem piorando nos últimos anos. A precariedade da cidade, administrada pelo médico Daniel Santos, é consequência da falta de investimento para melhoria dos serviços básicos e é perceptível em várias ruas dos bairros da cidade.

precariedade da cidade, administrada pelo médico Daniel Santos, é consequência da falta de investimento para melhoria dos serviços básicos
📷 precariedade da cidade, administrada pelo médico Daniel Santos, é consequência da falta de investimento para melhoria dos serviços básicos |(Celso Rodrigues)

O DIÁRIO DO PARÁ recebeu denúncias de moradores revelando a constante formação de lixões a céu aberto em diversas ruas do município da Região Metropolitana de Belém. Uma equipe do jornal constatou na manhã desta terça-feira (9), que o lixo predomina até mesmo em áreas centrais da cidade e em vias de grande movimentação. Um desses espaços é a avenida Independência com a rua do Curuçambá, atrás da Eletronorte. Boa parte do acostamento da via está tomada por entulhos e lixo de toda a sorte.

CIDADE NOVA

Já no conjunto Cidade Nova, o cenário é bem pior. Com urubus e ratos ajudando a piorar ainda mais o triste cenário. E a ausência do saneamento traz severas consequências para a qualidade de vida e bem-estar do cidadão, afetando a saúde e até mesmo atrapalhando o desenvolvimento escolar das crianças e adolescentes.

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“Esse lixo está aí há mais de cinco anos. A população tem sua culpa, que joga, só que não pode ser a única culpada. A prefeitura não tira todo o lixo ou faz algo para que isso desapareça de vez. Só enchem a caçamba e vão embora. Tem lugar por aí que estão há mais de dois meses sem recolher. E isso causa problemas para nossa saúde. Minha neta teve problemas na pele, 15 dias sem ir na escola, é uma tristeza. Quando chove vem o vento violento e a podridão vem toda para nossas casas”, afirmou Heloisa Chaar, moradora da Cidade Nova 7, WE 76, se referindo a um lixão antigo formado na antiga feira do conjunto.

Recentemente, o Instituto Trata Brasil (ITB), em parceria com GO Associados, publicou a 16ª edição do Ranking do Saneamento com o foco nos 100 municípios mais populosos do Brasil. Esses dados são retirados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS). Ananindeua ocupa o vergonhoso 90º lugar no ranking das 100 cidades avaliadas. Ou seja, é a 11ª pior cidade em saneamento básico do País, algo que pelo visto não tem sensibilizado o prefeito e vereadores do município, em que pese os quase 148 mil contribuintes pagarem religiosamente o IPTU sob pena de perderem seus imóveis.

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