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Presos por crimes virtuais extorquiam vítimas no Pará

Somente no Pará, cinco pessoas no município de Soure no Marajó foram vítimas do grupo criminoso

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Imagem ilustrativa da notícia Presos por crimes virtuais extorquiam vítimas no Pará camera Duas pessoas presas durante a operação | Divulgação Agência Pará

A Polícia Civil do Estado do Pará, em coordenação com a Delegacia de Polícia Civil de Soure e apoio da Superintendência Regional dos Campos do Marajó, deflagrou a Operação “Cruz de Malta”, com o objetivo de desarticular uma associação criminosa baseada na cidade de Pelotas, no Rio Grande do Sul, que aplicava golpes no Pará. A operação ocorreu entre os dias 10 e 12 de abril (quarta a sexta-feira), resultando na prisão de quatro pessoas e no cumprimento de seis mandados de busca e apreensão.

As ações foram iniciadas após denúncias de extorsão por meio virtual. As vítimas eram ameaçadas e coagidas a transferir quantias financeiras significativas para contas de golpistas sob pena de terem a intimidade exposta.

Segundo as investigações, mais de R$ 250.000,00 foram movimentados em um mês para contas associadas aos investigados, que aplicavam golpes em diversos estados brasileiros. Somente no Pará, cinco pessoas no município de Soure (Arquipélago do Marajó) foram vítimas do grupo criminoso. A polícia apura o envolvimento de uma facção criminosa no golpe.

“Um dos criminosos se passava por uma jovem que se relaciona virtualmente com as vítimas. Após troca de imagens íntimas, os criminosos se faziam passar pelo pai da jovem, e informavam que a jovem, na verdade, era adolescente. Nesse momento pediam dinheiro para não denunciar a vítima à polícia”, explicou o delegado Rodrigo Amorim, superintendente Regional do Marajó.

Apreensão - No decorrer da operação, as autoridades cumpriram quatro mandados de prisão preventiva e seis de busca e apreensão, apreendendo dispositivos eletrônicos e cartões bancários. Todos os itens apreendidos estão sendo analisados para inclusão no inquérito policial, que será encaminhado ao Judiciário para as devidas providências legais.

Segundo as investigações, mais de R$ 250.000,00 foram movimentados em um mês para contas associadas aos investigados.
📷 Segundo as investigações, mais de R$ 250.000,00 foram movimentados em um mês para contas associadas aos investigados. |Foto Agência Pará

Os principais suspeitos identificados foram apontados como organizadores e operadores do esquema, responsáveis pela cooptação de outros membros e pela gestão das contas utilizadas nas extorsões. As autoridades continuam as buscas para capturar todos os envolvidos no esquema.

“A operação foi considerada um sucesso, proporcionando não apenas a desarticulação do grupo criminoso, mas também a elucidação dos fatos e a garantia de medidas para cessar as atividades delituosas e buscar a responsabilização dos envolvidos”, avaliou o delegado-geral da Polícia Civil do Pará, Walter Resende.

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