Um gato ou cachorro são os animais mais queridos por tutores para fazer companhia no dia-a-dia. Porém, existem pets não convencionais que estão se tornando favoritos de muita gente, como os coelhos, hamsters e algumas aves.
Fofos, calmos e muito dóceis, os coelhos podem ajudar a reduzir o estresse e a ansiedade de seus tutores. Além disso, são ótimas companhias para outros animais, por serem calmos e muito sociáveis.
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Porém, há dúvidas se os coelhos podem ser adestrados e a resposta é sim. Os coelhos conseguem obedecer a seus tutores, podendo até fazer necessidades fisiológicas em caixas de areia, como os gatos. Outra vantagem de ter um coelho como pet é que eles têm uma grande expectativa de vida, podendo viver de 8 a 12 anos, se forem bem cuidados e tiverem a dieta alimentar saudável.
Mas no dia-a-dia, como é ter um coelho de estimação? O DOL conversou com duas tutoras que compartilharam um pouco da sua experiência sobre conviver com os bichinhos em casa.
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COELHO COMO COMPANHIA
A gerente comercial Sônia Deriggi é tutora de um coelho há 10 anos, quando seu filho o ganhou como presente de uma amiga e é cheia de elogios ao bichano. O animalzinho recebeu o nome de “Bernardo” e é a paixão da casa, de acordo com Sônia, sendo uma companhia bastante dócil.
“É uma convivência diferente, pois o coelho, apesar de ser um animal silvestre, gosta de receber carinho, às vezes quer um colinho, é silencioso, mas quando chamamos pelo nome ‘Bernardo’ ele levanta as orelhinhas e olha para a gente. Ele é muito dócil e gosta de estar perto da gente”, conta.
Sobre ser um pet que tem grandes chances de roer algumas coisas, “Bernardo” era muito agitado quando mais novo: “Já roeu cabo da fonte de notebook, chinelos de borracha que esquecíamos no chão, ele fazia "arte” deixando sua arte personalizada e até roeu uma sandália de uma amiga de meu filho que, quando ela foi encaixar os dedos, a tira estava solta. E detalhe, era a segunda vez que ela estava usando a sandália. Agora, por estar mais velho, está mais comportado”, relembra Sônia.
Sobre o adestramento, a gerente comercial enfatiza que não viu necessidade em adestrar o pet e, por ser “territorialista”, ele não respeita muito o lugar de fazer necessidades. Porém, por não saber onde poderiam encontrar um adestrador, optaram por deixar o animalzinho mais livre.
Mesmo com um espaço mais livre para viver, o ambiente do pet é sempre mantido limpo, com água e alimentos especiais para uma dieta saudável.
“Ele é bem cuidado, nos preocupamos com o seu bem-estar, com a alimentação de ração de boa qualidade e gosta muito de banana e maçã, antes ele comia, todos os dias pela manhã, mas por orientação do veterinário, passamos a oferecer somente 2 vezes por semana, temos o cuidado em não faltar água e também manter sempre limpo o espaço onde ele vive. É uma excelente convivência, ele é o ‘mascotinho’ da família. O nosso carinho por ele é muito grande, damos algumas risadas pelas suas ‘peraltices’. Nesses 10 anos aprendemos muito com ele, principalmente, respeitar e amar um animal silvestre”, enfatiza.
Já a médica veterinária Glenda Lunas, tem uma coelha como companheira diária. Pela sua profissão, ela conta que sabe como cuidar e dar espaço para o animalzinho brincar e se desenvolver.
“Por ser veterinária, eu tenho uma grande facilidade em lidar com todas as adversidades que os coelhos precisam no quesito de ambientação, espaço, entender as necessidades fisiológicas deles. Ela rói, sim, a casa, mas eu faço manejo de enriquecimento ambiental. Ela tem o quarto dela onde ela fica livre o dia inteiro quando eu não estou presente em casa”, diz Glenda.
Sobre a rotina de seu pet, a médica veterinária destaca que há horário para tudo, desde o momento exato de fazer necessidades fisiológicas a brincar ativamente, que ocorre mais no turno da noite: “a rotina dela é basicamente a mesma, ela tem o horário de se alimentar, ela tem a caixinha de necessidades dela, onde ela faz o xixi, o cocozinho, ela tem o horário de dormir, tem o horário de brincar, que geralmente é pelo horário da noite, que é mais a questão fisiológica deles mesmo, que eles são mais ativos à noite, então, à noite quando eu estou em casa, ela fica solta pela casa comigo, e ela tem o livre acesso pela casa toda, sobre a minha supervisão, para evitar dela roubar algum fio e se machuque”.
Por fim, Glenda avalia a convivência com a coelha como ótima e garante que se sente feliz em ter um animalzinho confortável em sua presença.
“Qualquer lugar que eu vá, ela se faz presente, ela pede carinho, arranha minha perna e eu sei que é quando ela quer atenção. São animais que geralmente são presas na natureza e, quando ela se deita, pede carinho na barriguinha, eu fico muito feliz porque ela se sente confortável comigo”, concluiu.
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