plus
plus

Edição do dia

Leia a edição completa grátis
Edição do Dia
Previsão do Tempo 28°
cotação atual R$


home
RELATOS REAIS

O que sentem as pessoas que se consideram viciadas em café?

Desde desconforto no estômago até nervosismo, confira os relatos de pessoas que se consideram viciadas em tomar café.

twitter Google News
Imagem ilustrativa da notícia O que sentem as pessoas que se consideram viciadas em café? camera O vício em café é uma realidade para muitas pessoas e representa consequências adversas | Reprodução/Pinterest

Existe uma tradição secular entre pessoas de todo o mundo que consiste em tomar uma xícara de café quente logo após acordar. Para muitos, esse é um passo fundamental no ato de despertar para um novo dia. No entanto, há quem faça tanto consumo de café durante a manhã e ao longo do dia que uma xícara é insuficiente.

O café, em sua composição, é rico em cafeína, um estimulante que afeta diretamente vários sistemas do corpo humano. Deste modo, muitas pessoas fazem uso da bebida como instrumento para se manter acordado e ativo durante as atividades do dia a dia, o que, ao longo do tempo, não é uma prática muito saudável.

CONTEÚDO RELACIONADO

Nesta série de matérias especiais do DOL sobre o vício em café e seus efeitos no corpo, diversos especialistas foram ouvidos para comentar sobre o tema, mas faltaram aquelas pessoas que efetivamente se consideram viciadas em tomar café.

Quer mais notícias de saúde? Acesse nosso canal no WhatsApp!

Entre profissionais de enfermagem, professores, estudantes universitários e jornalistas, são muitas as pessoas que atuam em diferentes áreas cujas rotinas “pedem” que o consumo de café seja frequente. No entanto, vale relembrar que os especialistas ouvidos pelo DOL apontaram que o consumo de café nunca deve exceder os 200 mg/dia, o que equivale a, no máximo, três xícaras pequenas.

É NECESSÁRIO ESTAR ACORDADO

Para a professora e enfermeira plantonista Márcia Silva, de 55 anos, o café faz parte da rotina há muito tempo. Ela, que muitas das vezes precisa estar acordada e atenta durante a madrugada para os atendimentos de urgência e emergência de pacientes, consome bem mais do que três xícaras por dia.

“Já tiveram dias onde tomei duas garrafas de café, daquelas de 1 L, sozinha. Estava há dois dias sem dormir de madrugada e precisava estar atenta para seguir com o trabalho. Quando estou de plantão e não tomo café, sinto um certo nervosismo que só o café me faz relaxar”, diz.

Profissionais da saúde são alguns dos que mais costumam tomar café com o intuito de se manter ativos durante plantões
📷 Profissionais da saúde são alguns dos que mais costumam tomar café com o intuito de se manter ativos durante plantões |Reprodução/Freepik

No entanto, anos de consumo de café desenfreado cobraram um alto preço. “Comecei a sentir dores fortes no estômago. Fui ao médico, fiz exame de endoscopia e descobri que desenvolvi uma pangastrite e pólipos começaram a se formar na parede estomacal. Fiz procedimentos por duas vezes para remover esses pólipos do estômago”, revela Márcia.

A PANDEMIA E O CONSUMO DE CAFÉ

A estudante universitária Alice Inete, de 22 anos, é mais uma das pessoas que se consideram viciadas em café. Ela, que cursa Direito, começou a consumir mais café logo após o fim do ensino médio, em 2019, e acredita que a pandemia de Covid-19 e os novos hábitos que acompanharam as restrições sanitárias e isolamento social favoreceram com que tomar muito café virasse parte da rotina diária.

“Passei a estudar em casa, ficar muitas horas no computador e percebi que o café ajudava a ter mais atenção nas aulas. Com isso, passei a consumir café de 3 a 4 vezes por dia. Mas hoje tomo muito mais. Não sei ao certo, mas se sento em frente ao computador, tenho que ter a xícara com café do lado. Em média, chego a passar 9 horas no computador”, comenta Alice.

Como consequência desse hábito, a universitária afirma que qualquer período mais longo sem tomar café começa a despertar uma forte indisposição. “Fico lenta, muito lenta. Acaba que preciso parar o que estou fazendo por pelo menos 10 minutos para comprar um copo de café”, pontua. “Não sinto nenhuma coisa ruim por tomar café demais. Pelo contrário. O ruim é se eu não tomar. Eu não me sinto bem não tomando o café”, acrescenta.

Alice compartilha parte de sua rotina nas redes sociais. Em várias publicações, ela destaca o consumo de café diário
📷 Alice compartilha parte de sua rotina nas redes sociais. Em várias publicações, ela destaca o consumo de café diário |Reprodução/Arquivo pessoal

Alice até admite que pretende diminuir o consumo de café, visto que possui gastrite e sente acidez no estômago, mas conta que seu corpo ainda não vê necessidade de redução da ingestão da bebida.

“Eu acho que é mais a força de vontade mesmo. A minha rotina vai mudar porque eu vou voltar a estudar presencialmente, então eu vou passar menos tempo na frente do computador, que é onde eu consumo mais café”, explica.

CORAÇÃO ACELERADO

O professor de línguas estrangeiras e empreendedor Rogério Leandro é mais um adepto do café. Ele não costuma apenas tomar a bebida pura ou adicionada de leite e açúcar como a maioria, como também adiciona um ingrediente que muitos evitam consumir: canela.

A prática do teletrabalho propiciou um maior consumo de café entre profissionais de diversas áreas
📷 A prática do teletrabalho propiciou um maior consumo de café entre profissionais de diversas áreas |Marcelo Camargo/Agência Brasil

O café com canela, segundo Rogério, o deixa ainda mais enérgico para a rotina do dia a dia. “É incrível como o café e a canela me deixavam mais apto para praticar exercícios, trabalhar e desempenhar qualquer outra função, mas nem sempre me fazia bem”, comenta.

“Em uma oportunidade, fui fazer exames de coração para avaliar a saúde, pois meu pai convivia com problemas cardíacos. Ao chegar lá, comentei com o médico sobre essa prática e ele até perguntou se eu queria me matar. Ele me explicou que tanto o café quanto a canela são vasodilatadores e, juntos, deixam a circulação sanguínea tão rápida que até mesmo desligar e dormir se tornam atividades mais difíceis do que se manter acordado. Hoje em dia não tomo mais café com frequência, mas sinto falta da energia e do incremento da produtividade que me proporcionava”, relembra.

Por: Adams Mercês

"Paraense com o sangue da cor do açaí. Repórter do DOL e assessor de comunicação do Ministério das Cidades do Governo Federal. Formando em Comunicação Social - Jornalismo pela UFPA e um grande admirador de games, carros e da história das pessoas boas."

VEM SEGUIR OS CANAIS DO DOL!

Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.

tags

Quer receber mais notícias como essa?

Cadastre seu email e comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Conteúdo Relacionado

0 Comentário(s)

plus

    Mais em Notícias Pará

    Leia mais notícias de Notícias Pará. Clique aqui!

    Últimas Notícias