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NA ESTRADA COM DIÁRIO

Mosqueiro, a tradicional Ilha do Amor

A bucólica é sempre um dos locais mais procurados no veraneio. Saiba por que!

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Imagem ilustrativa da notícia Mosqueiro, a tradicional Ilha do Amor camera A bucólica Mosqueiro lota no período de veraneio. | (Foto: Irene Almeida)

Quem disse que Belém não tem praia? É na Ilha de Mosqueiro, distrito da capital paraense, que o verão amazônico ferve a cada ano com a visita de quem foge da rotina do centro da cidade para viver momentos de alegria, descanso e lazer na “Bucólica” ou “Ilha do Amor”, como é conhecido o balneário.

A ilha fluvial tem uma área de cerca de 212 km² e está distante 70 km do centro da capital São 17 km de praias de água doce com direito a ondas graças ao movimento das marés. O nome Mosqueiro, por sinal, não tem nada a ver com insetos, mas sim com a prática do ‘moqueio’ do pescado pelos indígenas que viviam na ilha em outras épocas.

Entre as famosas praias, estão a do Farol, Murubira, Porto Arthur, Chapéu Virado, Ariramba e Baía do Sol. Todas elas com características diferentes e frequentadas com mais intensidade nos finais de semana de julho. As barracas no calçadão oferecem aos visitantes a infraestrutura necessária para um dia ‘pé na areia’ com cerveja gelada e peixe frito na hora.

Além das praias, o ‘point’ do distrito é a Praça da Matriz, onde uma multidão se reúne ao entardecer para degustar as famosas tapiocas servidas no local. A molhada com coco e servida na folha de bananeira acompanhada de café é um símbolo da ilha.

Em frente à Praça da Matriz também está localizada a Igreja de Nossa Senhora do Ó, que remonta ao século 19 e demonstra a religiosidade dos moradores, devotos de Maria representada pela imagem grávida do Menino Jesus. O Círio de Nossa Senhora do Ó, realizado no segundo domingo de dezembro, nos mesmos moldes do Círio de Nazaré, em Belém, é outra atração que faz parte do calendário da aprazível Mosqueiro.

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A Ilha pode ser explorada em um bate-volta, a partir de Belém, mas é recomendável que se reserve ao menos dois dias para explorar todas as belezas do lugar. Para isso, o que não falta é lugar para se hospedar, desde os mais simples, como hostels e pousadas, até os mais sofitiscados como o Hotel Fazenda Paraíso, localizado em frente à Praia do Paraíso, e que oferta aos hóspedes piscina, passeio a cavalo, trilhas, restaurante na beira da praia e restaurante interno.

Por falar em restaurante, o Hotel Fazenda conta com chef especializado no preparo de pratos regionais com um toque de sofisticação como a Moqueca Mista, Douradinha Crocante, Galinha Caipira e Tambaqui Assado na Brasa.

Outra opção tradicional de hospedagem é o Hotel Farol. A construção, a partir da década de 1930, funcionou vários anos como casa de hóspedes, depois hotel residência, até se tornar de fato um hotel. O Farol é tido como um empreendimento familiar, onde os proprietários se fazem presentes para zelar pelo atendimento e comodidade de quem escolhe se hospedar por lá.

CURIOSIDADES

A valorização da ilha do Mosqueiro teve início no final do século XIX e está ligada ao ciclo da borracha. Foram os estrangeiros, atraídos pela exuberância da economia da capital, os primeiros a valorizar a ilha como local de veraneio, construindo os casarões que ainda hoje podem ser vistos em torno da orla das praias do Farol, Chapéu Virado, Porto Arthur e Murubira. Os barões da borracha encamparam a descoberta. Começava assim o processo de ocupação da ilha.

Com uma área de 212 quilômetros quadrados e uma população de aproximadamente 27 mil habitantes, Mosqueiro, ou Ilha do Amor, como é popularmente conhecida, é a maior ilha do município de Belém com 15 praias de água doce.

Mosqueiro, a tradicional Ilha do Amor
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