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TECNOLOGIA

Inteligência artificial melhora atendimento a pacientes

Hospital das Clínicas Gaspar Vianna tem usado método pioneiro, com uso de equipamentos de IA,

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Imagem ilustrativa da notícia Inteligência artificial melhora atendimento a pacientes camera Equipamentos auxiliam no tratamento de pacientes na UTI coronária | Divulgação

A Inteligência Artificial (IA) vem assumindo tarefas em inúmeras áreas do conhecimento, entre elas a saúde, contribuindo inclusive no que se refere à melhoria de atendimentos a pacientes, reduzindo os casos graves. Uma experiência inovadora vem sendo desenvolvida na Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna (HC), na área de atendimentos na UTI Coronariana (destinada a pacientes cardíacos), e que vem reduzindo casos de úlcera por pressão utilizando um equipamento conectado à IA.

A úlcera por pressão é mais conhecida como “escara” e ocorre quando há dano ao tecido ou à pele pela diminuição da circulação sanguínea provocada pela pressão aplicada à uma área específica. Pacientes que, por necessidade do tratamento, precisam ficar longos períodos imóveis, acabam por desenvolver escaras, geralmente nos calcanhares, tornozelos, quadris e no cóccix.

Ricardo Palheta, cardiologista que atende na UTI, explica que a lesão por pressão é uma intercorrência que preocupa as equipes médicas dos hospitais, especialmente nas unidades de Terapia Intensiva. “O surgimento dessas lesões, que são inesperadas, aumenta o risco do paciente, o risco de mortalidade, de infecção”, diz. Ainda segundo o cardiologista, quando o paciente fica muito tempo numa única posição, acabam ocorrendo lesões, principalmente na região sacral.

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A forma de evitar o problema é a mudança de posição do paciente. Porém, mesmo com esse cuidado constante, os casos de escaras continuam ocorrendo e fazem parte da rotina de uma UTI. Por isso, a equipe encontrou um aliado para intensificar os cuidados na prevenção à úlcera por pressão: um equipamento de I.A., que alerta a equipe para a necessidade de mobilizar o paciente, que ajuda a minimizar o risco e o surgimento dessas lesões. Os primeiros resultados já apareceram em junho, quando a equipe comemorou a marca de quase 80 dias sem nenhum registro de paciente com lesão por pressão.

O uso da ferramenta ocorre desde abril, através de um equipamento programado para tocar uma música a cada duas horas, que alerta a equipe para a necessidade de mover o paciente, de um lado para outro, para que a circulação fique livre, evitando a falta de oxigenação da pele, o que causa o surgimento da lesão. Antes da utilização do novo sistema de alerta e monitoramento, a incidência de lesões era alta para os padrões aceitáveis em uma UTI.

“Chegamos ao ponto de ter uma lesão por semana, e isso é muito”, contabiliza Palheta. O primeiro passo para mudar foi a motivação da equipe responsável pelo atendimento dos pacientes no leito. Para isso, foi afixado um placar no quadro de avisos, no qual a equipe pode checar os dias transcorridos sem o registro de úlceras por pressão. “Isso acaba estimulando a equipe, que passa a procurar aumentar os dias sem o surgimento de lesões, e dessa forma, alcançando a nossa meta”, diz o cardiologista.

Alais Brito, cardiologista que junto com a médica Valléria Galúcio, foi responsável pela introdução do sistema, explica que o alerta veio para se juntar à rotina de mudança dos pacientes de posição para evitar as lesões. “É interessante ter um som para lembrar a mudança de corpo, já que a gente fala sempre em mudança de corpo, mas às vezes um ou outro paciente ficava sem a mudança. Agora, a cada duas horas, todos os dez pacientes são movimentados”, detalha especialista.

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Meta é chegar aos 100 dias sem nenhuma lesão por pressão

A utilização da tabela afixada sobre o leito do paciente, que informa para qual lado os pacientes devem ser mudados é uma outra forma de prevenção às escaras. “Treinamos nossa equipe explicando que essa maneira de evitar o problema também é importante. Sempre é bom explicar para a equipe o porquê de fazer aquilo, porque é importante prevenção de pressão para o paciente não ficar mais tempo internado, para não infectar, para diminuir a mortalidade”, enfatizou Alais.

A chefe da Enfermagem da UTI, Thais Machado, explica que o setor do HC conseguiu alcançar metas importantes, que nunca haviam conseguido anteriormente. “Chegamos a conquistar 30 dias sem nenhuma lesão por pressão, o que foi um prêmio. Foram dados equipamentos para a nossa copa, para o uso de toda a equipe. Quando nós atingimos 60 dias, também tivemos outra doação”, revela.

Em junho a equipe alcançou a marca de 78 dias sem nenhum caso de lesão por pressão na unidade. “Nossa equipe toda está de parabéns, e nós vamos melhorar ainda mais o nosso plano de ação, para que nós consigamos atingir a meta dos 100 dias. Nós vamos perseguir, nós conseguiremos atingir nosso objetivo com melhorias na nossa assistência e supervisão”, ressaltou a enfermeira Thais.

Essa dedicação é reconhecida pelos pacientes atendidos na UTI Coronariana, que junto com seus acompanhantes registram a gratidão em bilhetes, afixados em um quadro denominado “Memórias no caminho dos pacientes”, que fica no corredor de acesso à UTI.

Os bilhetes, que vão ocupando o quadro, palavras e declarações emocionadas, retratando fé e agradecimento aos médicos e à equipe da Unidade, são a recompensa aos responsáveis pelo atendimento prestado no Hospital de Clínicas.

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