A preservação das espécies é uma causa nobre que ultrapassa fronteiras, culturas e gerações. Quando falamos sobre a luta contra a extinção, estamos tratando da própria sobrevivência da diversidade que mantém o equilíbrio da vida na Terra.
Cada animal ameaçado resgatado é mais do que uma vitória isolada; é um respiro para o planeta, que depende dessa rica tapeçaria de seres vivos para florescer. E em Belém a luta por essas espécies é intensa.
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O Dia das Aves, no último sábado (5), ganhou um significado especial com a comemoração de uma importante vitória para a conservação da biodiversidade.
O Projeto de Reintrodução e Monitoramento de Ararajubas na Região Metropolitana de Belém, conduzido pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio), em parceria com a Fundação Lymington, acaba de alcançar uma nova etapa.
Pela primeira vez, cinco filhotes de ararajubas (Guaruba guarouba) nasceram no Parque Estadual do Utinga “Camillo Vianna”, um marco no processo de reinserção dessas aves que já foram extintas na região.
Os cinco filhotes, que completaram dois meses, são os primeiros descendentes diretos do projeto, que já devolveu 58 ararajubas aos céus de Belém.
Conforme os especialistas, os jovens pássaros já começaram a sair do ninho, mas antes observaram os adultos e aprenderam com eles comportamentos essenciais para sua sobrevivência, como voar e se alimentar.
Para o presidente do Ideflor-Bio, Nilson Pinto, a celebração do Dia das Aves não poderia ter um significado mais profundo para Belém.
“O nascimento desses filhotes é um símbolo de sucesso para todo o esforço de reintrodução da espécie na nossa região. É um lembrete de que a dedicação à conservação pode, sim, trazer de volta espécies que um dia pareciam perdidas, reafirmando a conexão entre o homem e a natureza. Estamos restaurando um patrimônio natural que esteve ameaçado por muitos anos”, afirmou.
Vale lembrar que até pouco tempo atrás a ararajuba era considerada extinta nas áreas ao redor de Belém, o que destacava a urgência de iniciativas de preservação.
Graças ao trabalho conjunto entre cientistas e do poder público, essa realidade está sendo revertida. O nascimento dessas aves representa não só a continuidade da espécie, mas também a recuperação de parte do equilíbrio ecológico da região.
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