As operações realizadas pela Polícia Federal (PF) em áreas ambientalmente são fundamentais para combater crimes ambientais e reduzir os danos causados pelas atividades ilegais, sendo mais um esforço para frear a exploração e proteger os recursos naturais que sustentam a vida na região amazônica.
A Polícia Federal deflagrou na manhã da última quinta-feira (24) a operação "Barulho do Xingu" para combater a extração ilegal de minérios na região de Volta Grande do Xingu, localizada no município de Altamira, no Pará. A ação contou com o cumprimento de seis mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça Federal, visando reprimir a atividade ilegal que tem causado sérios danos ao meio ambiente, especialmente nas margens do Rio Xingu, onde foram encontrados indícios de garimpo ilegal de ouro.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
- Amazônia: garimpo ilegal cresceu 361% em terras indígenas
- PF fecha garimpo ilegal em Terra Indígena Kayapó, no Pará
Os mandados foram cumpridos em áreas de garimpo situadas dentro de zonas de proteção federal. Durante a operação, os trabalhadores dos locais fugiram ao perceber a aproximação das autoridades. Como resultado, 22 motores utilizados na sucção de água para extração de ouro e uma balsa foram inutilizados. Essa medida, prevista na legislação, é adotada quando a remoção dos equipamentos apreendidos é inviável, garantindo que não voltem a ser usados para práticas criminosas.
A extração ilegal de ouro não só degrada terrenos públicos, mas também contamina o Rio Xingu, afetando negativamente terras indígenas como Trincheira Bacajá, Paquiçamba e Arara da Volta Grande do Xingu. A região de Volta Grande do Xingu, parte da Amazônia Legal, é conhecida por sua rica biodiversidade e pelas comunidades tradicionais e indígenas que dependem dos recursos naturais para sua sobrevivência. No entanto, o avanço de atividades econômicas predatórias, como o garimpo ilegal, ameaça a integridade dos ecossistemas e as condições de vida da população local.
Quer mais notícias do Pará? Acesse nosso canal no Whatsapp
O uso indiscriminado de mercúrio para separar o ouro dos sedimentos é uma das práticas mais nocivas associadas ao garimpo ilegal. Esse metal altamente tóxico contamina corpos d'água, colocando em risco a fauna e as comunidades humanas que dependem dos rios para alimentação e necessidades básicas. O mercúrio pode se acumular nos organismos aquáticos, alcançando concentrações perigosas na cadeia alimentar e expondo as populações ribeirinhas a sérios problemas de saúde.
Além da contaminação dos rios, o garimpo ilegal provoca a remoção da vegetação e a degradação do solo, contribuindo para a erosão e o assoreamento das águas. Esses impactos prejudicam o equilíbrio dos ecossistemas locais e agravam a vulnerabilidade ambiental da região.
Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.
Comentar