Ananindeua: moradores cobram escola, creche e UBS 

Moradores do conjunto Maguariaçu, no bairro Levilândia, em Ananindeua, realizaram na tarde de sábado (15), no perímetro da avenida Ananin, uma reunião para chamar a atenção das autoridades e cobrar respostas da prefeitura municipal por conta de promessas ainda não cumpridas da construção de uma escola, uma creche e uma unidade de saúde em um terreno doado pelo governo federal, localizado ao lado do conjunto Maguariaçu.

No terreno, a manifestação de sábado teve como objetivo receber algum representante da Prefeitura de Ananindeua para ouvir as insatisfações dos moradores.

Foi a segunda manifestação em 24 horas, pois na sexta-feira (14), também houve ato para evidenciar a insatisfação sobre o caso e ressaltar a preocupação dos moradores com o futuro da comunidade, pois temem que o terreno seja utilizado para loteamento em vez de receber a estrutura essencial para a população como a escola, creche e unidade de saúde. Cerca de 400 famílias que vivem na região poderiam ser beneficiadas.

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O morador Edi Carvalho afirma que o prefeito de Ananindeua, Daniel Santos, publicou um vídeo nas redes sociais informando que o local será destinado a um loteamento público para que moradores de outros bairros ganhem um lote para construir casas no terreno, o que irritou os moradores do Maguariaçu. “Ele não explicou pra gente se ia construir UBS, ou escola. Nada”.

Após as manifestações, ao menos a comunidade vai ser ouvida por integrantes da Prefeitura, conforme explica o funcionário público Cleber Hugo. “Na segunda-feira (17), o secretário (municipal) de Habitação (Alexandre Gomes), junto com o vice-prefeito (Hugo Atayde), às 19 horas, vão estar aqui com a comunidade, lá no centro comunitário, aqui próximo, para dialogar com a comunidade e sanar todas as dúvidas. Eles têm autonomia melhor para esclarecer e falar para a população”.

De acordo com o vereador do município Alexandre Silva (PDT), os moradores foram pegos de surpresa com o anúncio do prefeito Daniel Santos sobre a destinação do terreno para loteamento.

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“O prefeito veio aqui e fez um vídeo e disse que ia remanejar o pessoal do (bairro) 40 Horas, sendo que três anos atrás ele veio, e isso quem me passou foi a comunidade, dizendo que ia ser feita uma escola, uma creche e um posto de saúde. E até agora, nada disso aconteceu. E do nada, em 40 dias, o prefeito ficou de lotear aqui essa área, sem consultar os moradores do bairro”.

A Prefeitura de Ananindeua, por meio da Secretaria Municipal de Saneamento e Infraestrutura (Sesan), afirmou que uma representante da pasta esteve no local, dialogou com os manifestantes e acordou que, na terça-feira, 18, um grupo será recebido pela secretária adjunta e pelo corpo técnico para ouvir as demandas, apresentar esclarecimentos e buscar soluções viáveis para a situação.