
Na área da nutrição, a farinha de mandioca frequentemente é conhecida como vilã das dietas, sendo ligada a problemas gastrointestinais. Mas será que essa fama é realmente merecida? A reportagem conversou com a nutricionista Valéria Santos, que tira algumas das dúvidas mais comuns sobre esse alimento.
Valéria menciona que diversas pessoas pensam que a farinha pode ser prejudicial, especialmente pela sensação de inchaço e azia que pode provocar em quem enfrenta dificuldades gastrointestinais, como gastrite e refluxo, e para quem tem diabetes. No entanto, a nutricionista ressaltou que, para pessoas saudáveis, a farinha pode ser incluída na alimentação, contanto que seja consumida com moderação.
“A farinha, quando incorporada à dieta de forma balanceada, oferece diversos benefícios, como antioxidantes, carboidratos energéticos e potássio. Ela é uma fonte de energia e possui um índice glicêmico baixo, sempre que consumida em quantidades adequadas. Também contém fibras e cálcio, contribuindo para a saúde óssea. Por ser um produto regional, é acessível e se torna uma grande aliada para quem busca aumentar a massa muscular”, afirma Valéria.
Para os que veem a farinha como um elemento essencial de sua tradição alimentar, o segredo reside em buscar um equilíbrio na sua inclusão, distribuindo o consumo ao longo das refeições e evitando exageros. A recomendação da nutricionista é desfrutar da diversidade cultural que a farinha oferece de maneira equilibrada, assegurando uma alimentação saudável.
FEIRA
A farinha de mandioca desempenha um papel de protagonismo nas feiras e nas casas dos paraenses, sendo um alimento que frequentemente acompanha várias refeições dos paraenses.
Nas feiras, é comum encontrá-la em abundância. Na Feira da Pedreira, em Belém, há várias barracas que oferecem diferentes tipos de farinha de mandioca, seja ela lavada ou seca, mais clara ou com um tom mais amarelo.
Rosimeire Fonseca, que há mais de 20 anos vende farinha na feira, mencionou que um dos tipos que ela sempre faz questão de oferecer aos clientes é a farinha de Bragança. Segundo ela, “a farinha de Bragança (R$ 12 o litro) é a que normalmente acompanhamos com açaí. A maioria dos clientes solicita para experimentar. Também tenho a farinha de macaxeira (R$ 12 o litro), que é outra opção regional, mas possui características distintas; ela não causa desconforto estomacal, pois contém pouca tapioca e é feita com tucupi. Contudo, nosso produto estrela é, sem dúvida, a farinha de Bragança. Embora seja a mais cara, as vendas são boas, e os clientes reconhecem a qualidade”, enfatizou a feirante.

A paixão dos paraenses pela farinha é clara. Em qualquer feira que se frequente, onde há farinha à venda, é comum ver clientes pegando um punhadinho e colocando na boca, um hábito característico dos paraenses, relata Paulo Saraiva, um vendedor de farinha com mais de 20 anos de experiência no setor.
“Disponho de uma ampla gama de farinhas, todas com qualidade. Cuido delas com muito zelo, como você pode notar. Porém, a que mais sai é a de macaxeira, a verdadeira favorita. Ela é leve, e os clientes adoram”.
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Tipos
No box de Paulo Saraiva, ele oferece uma variedade grande de farinhas. As mais populares incluem a farinha de farofa branca (R$ 7 por litro) e a amarela (R$ 7 por litro), além da farinha lavada
(R$ 7 por litro), a farinha d’água de Igarapé Açu (R$ 7 por litro), a farinha de Bragança
(R$ 12 por litro) e a estrela do seu negócio, a farinha de macaxeira (R$ 12 por litro).
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