
O preço médio do litro do açaí voltou a subir, conforme informações do Dieese-PA. As pesquisas indicam que os aumentos significativos e consecutivos no preço do açaí durante o primeiro trimestre deste ano (janeiro a março de 2025) resultaram em um reajuste acumulado de mais de 50%.
Conforme as pesquisas, no mês passado (março), o preço do litro de açaí médio apresentou a seguinte evolução nos últimos meses: em março de 2024, o produto estava em média a R$ 34,39; ao final do ano passado (dezembro de 2024), o preço médio foi de R$ 22,98.
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Começando este ano (janeiro de 2025), o litro foi vendido a uma média de R$ 26,02; em fevereiro de 2025, o preço médio subiu para R$ 29,43 e, no mês passado (março de 2025), houve um novo aumento, com o litro chegando a uma média de R$ 34,82. Nota-se que o litro tipo médio aumentou 18,31% em março de 2025 em comparação com fevereiro de 2025. Além disso, ao analisar os preços do primeiro trimestre deste ano (janeiro a março de 2025), o reajuste acumulado foi ainda mais significativo, alcançando um total de 51,52%.
Na última semana de março, os preços do litro de açaí médio foram os seguintes: nas feiras livres, os valores variaram de R$ 20,00 a R$ 30,00, enquanto nos supermercados, estavam em torno de R$ 40,00.
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Grosso
O preço do litro de açaí grosso também subiu. No balanço de preços do mês passado (março de 2025), a média do litro desse produto ficou mais alta. Nos últimos meses, a trajetória dos preços do litro de açaí grosso foi a seguinte: em março de 2024, ele era vendido, em média, por R$ 48,76; já no final do ano passado (dezembro de 2024), o preço médio era de R$ 33,41.
No começo deste ano, em janeiro de 2025, o preço médio do açaí foi de R$ 35,67. Em fevereiro, esse valor subiu para R$ 40,39. Já em março, o preço médio atingiu R$ 49,87, representando um aumento de 23,47% em relação a fevereiro. No balanço comparativo de preços do 1º trimestre deste ano (janeiro-março/2025), o reajuste acumulado no preço do produto foi de 49,27%. Na última semana de março de 2025, as pesquisas mostraram que nas feiras livres os preços estavam entre R$ 40,00 e R$ 50,00. Já nos supermercados, os valores variavam de R$ 50,00 a R$ 56,00 por litro.
Chulá
No ponto de açaí do Heron Rocha, na feira da Pedreira, a fila estava longa na manhã de ontem (22). Heron já atua nesse ramo há mais de 31 anos e menciona que os preços do açaí ainda estão elevados. “Estamos com esperança de que, no final de maio, os valores melhorem. Além disso, a qualidade também deve aumentar, pois o açaí ficará um pouco mais maduro, o que ajuda a intensificar a cor”, explica. Os preços dele permanecem os mesmos do ano passado: R$35 pelo médio e R$50 pelo grosso. “Nós sempre buscamos selecionar os melhores frutos da região das ilhas para oferecer o melhor aos nossos consumidores”, completa.
Ele explica que estão cobrando pelo açaí da Ilha R$ 350 por um “pedaço”, que é um cesto que comporta duas latas. “Em média, essa quantidade rende cerca de 14 litros de açaí. Para nós, que trabalhamos com açaí, esse preço é bastante alto. O nosso principal objetivo é selecionar os melhores frutos, pois os mais maduros oferecem um rendimento maior. Se eu optar por frutos mais verdes, o rendimento pode cair pela metade, o que certamente traz prejuízo”, esclarece.
Ele comenta que a busca pela chulá, que é a água do açaí, cresceu bastante. Antes, as pessoas costumavam levar 2 litros, mas agora estão levando apenas 1 litro e pedindo pela chulá. “É uma maneira de aproveitar melhor o açaí. O nosso açaí médio tem boa qualidade e sempre que os clientes pedem, a gente oferece a chulá”, diz.
No açaí do Édson, também fica no bairro da Pedreira, a demanda também é bastante alta. Ele vende o açaí médio por R$ 34 e o grosso por R$ 50. “Coloco esses preços para atrair os clientes. Não estão muito altos nem muito baixos, porque sei que o preço pode impactar a população. Eu tenho clientes que gostam muito do meu açaí, não posso deixar eles não mão”, explica.
Paulo Henrique, que tem um ponto de venda na Enéas Pinheiro, no Marco, comenta que oferece apenas o açaí popular, que está sendo vendido por R$ 28. “É isso que os clientes estão buscando. Assim, conseguimos manter um preço que não é nem muito barato nem muito caro. Mesmo com os aumentos, estamos conseguindo manter as vendas. Esperamos que o preço do açaí comece a diminuir em maio”, finaliza.
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